O humor é um lugar estranho

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Confesso que tenho sempre bastante curiosidade em conhecer as imbecilidades que saem da Torre da sádica corrupta, e nesse sentido até estava a ler com algum interesse o último comunicado. Porém, quando no 4º ponto decidem comparar um steward com um vendedor de algodão-doce fui obrigado a parar.

Escrever um texto humorístico à partida poderá parecer fácil. Não é. Requer alguma erudição e talento, e quando não se reúne estas duas características aquilo que até poderia ter alguma piada passa a completa idiotice. É um pouco como aquela punch line que no papel parece espectacular mas que depois em frente ao público corre tão mal que nem um mero sorriso arranca. Foi o que aconteceu aqui. Correu mal. E o foculporto não tem necessidade disso, caramba!

Na minha opinião, as pessoas devem limitar-se a fazer aquilo que, passe a redundância, fazem melhor. Colocar pessoas de confiança em lugares-chave, subornar árbitros, mandar espancar pessoas, chantagear magistrados, desviar dinheiro de transferências de jogadores, etc. É nestas áreas que os administradores do foculporto se devem focar, pois graças ao know how que foi sendo desenvolvido ao longo dos últimos 30 anos, o clube tornou-se a maior sumidade portuguesa nesta matéria.

Não vejo portanto a necessidade de recorrer ao humor quando se é mestre em tantas outras artes. Porquê tentar desbravar o terreno inóspito da comicidade, menosprezando assim décadas de conhecimento em áreas como a "fruta para dormir" ou a "carga de porrada"? Porquê o trabalho de escrever um comunicado quando um simples telefonema para o Macaco resolvia o assunto? Isto é um erro crasso de gestão chamado desperdício de activos. E depois admiram-se que o passivo não pára de crescer!
Enfim, se a sádica corrupta conhecesse e aplicasse as teorias da especialização de Henry Ford, decerto se teria poupado a este triste vexame...


E agora não resisto a umas palavritas finais para alguém muito pequenino:

Rui, pá, presumo que um director de comunicação tenha a responsabilidade de dar uma vista de olhos nestes comunicados, e até era capaz de apostar que algumas destas tentativas frustradas de humor, parecidas com algo que também escreves mas não assinas chamado Labaredas, tenham saído da tua cabecita. Queria só dizer-te que se escreve "algodão-doce" e não "algodão doce", está bem? Irra! Tu não aprendes, pá! Já na Rtp tinham que te corrigir os textos...

2 comentários:

Anónimo disse...

grande post!

JS disse...

Eu até acho que se pode fazer essa comparação. Se por acaso estiver um vendedor de qualquer coisa nas bancadas e um jogador passar-se e entrar bancada a dentro e mandar-lhe dois sopapos, este último não deve ser castigado?

É curioso que se baseiam que os seguranças, ou lá o que são, não são agentes desportivos como se pretende que seja na lei. Mas fica a questão que ninguém pergunta:

No regulamento só se especificam agressões a jogadores, árbitros, equipas técnicas e demais agentes desportivos, certo? Não diz nada sobre agressões a adeptos, certo?

Então, quer dizer que se um jogador der um "sopapo" num adepto, não recebe punição desportiva? Eu não sou jurista, mas tive umas cadeiras de direito para perceber que juridicamente teria, no mínimo, uma punição análoga a uma das outras situações.

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