domingo, 28 de fevereiro de 2010
Fortíssima entrada em jogo do Benfica, que só por azar e por um fiscal com lentes de contacto azuis e brancas não marcou logo nos primeiros minutos. O golo de Éder Luís veio pôr justiça no resultado e na segunda parte... Di Maria decidiu abrir o livro.
Quim: uma das exibições com menos trabalho dos últimos jogos. Só teve que se aplicar a sério num forte remate de fora da área já perto do final.
Maxi Pereira: cedo se viu que a ala esquerda do ataque leixonense era inofensiva, o que permitiu a Maxi avançar várias vezes no terreno. Numa dessas investidas fez a assistência para o último golo da noite.
Luisão: mais um jogo, mais um avançado metido no bolso. A velocidade e o poderio físico de Pouga de nada lhe valeram.
David Luiz: ia marcando bem cedo, de cabeça na sequência de um canto, num lance que já começa a ser habitual no Benfica, mas a bola foi ao poste. Como o Leixões nem cócegas fazia, fez várias vezes aquilo de que tanto gosta, subir no terreno.
Fábio Coentrão: no único período em que o Leixões se mostrou mais arrojado, teve algumas dificuldades face ao veloz Jean Sony. Mas isso só durou dez minutos na primeira parte.
Airton: no geral, gostei da estreia do miúdo. Procurou jogar simples e, impondo a sua estampa física, destruiu bastante jogo. Infelizmente lesionou-se a meio da segunda parte. Espero que não seja grave.
Ramires: é notável a cumplicidade que revela com Maxi, tanto na defesa como no ataque. Apesar de não estar tão exuberante como no princípio da época, continua a ser, na minha opinião, um jogador fundamental. Boa abertura para Di Maria fazer o 0-2.
Di Maria: apesar de não ser indumentária muito indicada para se usar sob chuva torrencial, mesmo assim o argentino decidiu vestir o fato de gala e brindar os benfiquistas com a sua melhor exibição de águia ao peito, e provavelmente da carreira. Poderia facilmente ter acabado a partida com cinco golos marcados, mas num dos lances o homenzinho da bandeira não quis e no outro o próprio Di Maria complicou o que era simples. Mesmo assim valeram três: um estoiro, dentro da grande área, descaído sobre a esquerda; uma chapelada deliciosa; um espectacular remate de fora da área ao ângulo.
Éder Luís: começou muito bem, rápido e acutilante, mas foi perdendo gás à medida que o tempo passava, até que, num remate feliz de fora da área, abriu as hostilidades. Depois voltou a desaparecer do jogo e foi bem substituído.
Saviola: faltou-lhe o amigo Aimar para com ele fazer aquelas deliciosas tabelinhas. Remate espectacular mesmo a fechar a primeira parte, para não menos espectacular defesa do guarda-redes. Na segunda parte andou meio escondido do jogo e saiu aos 65'.
Cardozo: noite desinspirada do paraguaio, mas felizmente os seus golos, muitas vezes decisivos, hoje não fizeram falta. Por pouco não conseguia emendar a cabeçada de David Luiz ao poste, falhou escandalosamente o 0-2 com o guarda-redes do Leixões sentado no chão e fora da baliza e, já perto do final, desembaraçou-se muito bem de um adversário, após excelente passe de Di Maria, mas falhou na cara do guarda-redes.
Carlos Martins: entrou muito bem no jogo e ia marcando num belo remate de fora da área que rasou o poste. Uns minutos mais tarde, com uma abertura magistral, ofereceu um golo a Di Maria. Apesar de por vezes lhe passarem umas maluquices pela cabeça, o pé direito de Carlos Martins faz autênticas obras de arte.
César Peixoto: refrescou a equipa e ia marcando num belo remate de fora da área.
Ruben Amorim: substituiu o azarado Airton numa altura em que os leixonenses já tinham dado um estoiro físico. Não teve grande trabalho para fazer.
2 comentários:
Bom dia,
Na apreciação ao Cardozo será injusto não referenciarmos as extraordinárias aberturas que fez, ambas para Di Maria: a 1ª foi a que deu golo (mal) anulado, a 2ª foi a da tentativa de chapéu de Di Maria que Diego defendeu. Foram as duas dignas de um "10" de alto nível.
Gloriosas Saudações
Faltam 8 finais. Se as ganharmos todas, a recepção ao Rio Ave será a festa definitiva.
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