sábado, 8 de janeiro de 2011
Jogadores que não são activos actuais para a equipa devem ser emprestados para manterem actividade noutros clubes, pensamos que é consensual. O que penso é que faz todo o sentido haver alguém claramente responsável pelo pelouro dos empréstimos, uma área ainda ineficaz da nossa estrutura, o que não é visível, mas efectivamente emprestar activos em excesso é providencial.
O mesmo já não acontece com a obtenção de jogadores por empréstimo.
Já escrevemos aqui sobre o processo de integração dos jogadores no futebol do SLB. Defendemos 3 fases, tipicamente anuais (integração, afirmação, confirmação), que se têm comprovado existir pela análise das últimas épocas.
O início da relação desportiva com o nosso clube passa sempre por uma fase de integração, mais ou menos extensa em função da qualidade desportiva e psicológica do jogador, mas que por norma nunca é inferior a 6 meses.
Se este facto é uma evidência, o que nos parece desajustado a esta questão é o facto de o nosso clube ainda solicitar empréstimos de jogadores, como foi é o caso do Salvio.
É chave para o clube, num enquadramento económico adverso, perceber se este caminho tem mais-valias ou deve ser abandonado.
Com empréstimos de uma época, metade no mínimo é para integração, não dando nada à equipa sem ser um nib para a transferência bancária. Nos 5/6 meses seguintes, enfrentamos 2 cenários:
Se tivermos alguma sorte, retiramos benefício desportivo do jogador, para depois o perdermos para a casa mãe. Se tivermos azar, passamos uma época a pagar salários sem rendimento desportivo relevante.
Com este enquadramento, valerá a pena manter a política de pedir emprestado? Alguém acredita que se Salvio manter a performance competitiva de Dezembro até ao final do ano, não regressará a Madrid?
Para além desta questão, acresce a temática do investimento parcial no jogador (20%). Não conhecemos o detalhe do acordo, mas se o Atlético detém 80% do passe, certamente fará exercer a sua posição de força face ao Benfica. O jogador regressará ao clube, e o Benfica corre o risco de lhe acontecer o mesmo que aconteceu com Reyes.
Gostávamos de saber a vossa opinião sobre esta temática, o que equacionam para o clube em relação à obtenção de empréstimos, pelo que colocamos a sondagem ao lado.
4 comentários:
O Benfica tem opção de compra de 80% do passe por um valor predefinido. Se accionar essa opção, o Altético tem de o vender pelo preço cordado contratualmente. A não ser que quebre o contrato. Mas isso não acredito.
No caso do Reyes, o Benfica achou que o jogador não valia a opção de compra do restante do passe. E veio o DiMaria. O que se revelou uma decisão muito acertada. Lol. Simples.
Penso que em ambos os casos o Benfica comprou uma percentagem do passe para reduzir o pagamento dos impostos referentes aos salários. Ou isto ou as percentagens serviram mesmo para pagar os salários, isto é o Benfica pagou esses valores ao Atlético, que por sua vez pagou e paga os salários ao jogador.
São jogadas podem dizer, de qualquer das formas isto é a minha interpretação...
Rumo ao 33º
Manuel, qdo o Reyes veio para o Benfica o Di Maria já cá estava.
Também sou da opinião do anónimo aí em cima. O Benfica pagou 2M pelo empréstimo do Salvio, que ganha precisamente 2M por época no Atlético. Não pode ser coincidência.
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