segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Tinha umas linhas para escrever sobre o tema Mantorras e a potencial importância do ex-jogador, agora actual activo não desportivo do clube, mas não tive manifestamente tempo na altura em que o Presidente deu a entrevista, pelo que só agora o faço.
Aproveito o pós derby, já que o "clube muita fraquinho” com quem jogámos não dá grandes razões para investir alguns minutos ao teclado a escrever sobre isso, para fazer uma incursão neste tema, muito mais interessante para o Benfica.
Apesar da ligação “umbilical” entre o ex-jogador e o Presidente, o interesse para o Benfica da manutenção da ligação com Mantorras deverá extravasar o “apadrinhamento” pelo Presidente, fruto da histórica relação entre ambos e dos infortúnios que levaram ao fim antecipado da sua carreira.
Mantorras mantém ainda ligação profunda com os adeptos em Portugal, mas é ainda mais um ídolo em Angola e uma forte referência de ligação entre o país e o SLB. Esta ponte entre Angola e o Benfica, cuja face visível é Pedro Mantorras poderá a curto prazo passar de relações institucionais para relações comerciais e de investimento, cuja materialização ainda não é visível a todos os benfiquistas, mas que já acontecem.
Os kits Angola, actualmente já desactivados, foram o primeiro passo para a entrada da marca Benfica no mercado Angolano, com início da captação de receitas. Todavia, a principal questão que surge na minha mente não tem a ver com a angariação de sócios em países como Angola mas sim com o papel futuro que Angola poderá ter enquanto investidor da SAD do Benfica.
Angola é actualmente um país de enorme riqueza, apesar de registar assimetrias internas radicais entre a esmagadora maioria da população e a minoria abastada.
Alguns exemplos:
O investimento angolano em grandes empresas na bolsa portuguesa ultrapassava já os dois mil milhões de euros em 2009, sendo ainda considerados pelo governo de Angola como tímidos e com grande margem para crescimento;
Manter Mantorras como activo do clube pode facilitar acesso privilegiado a talentos angolanos, ligação privilegiada com a Federação Angolana mas sobretudo ter uma figura “controlável” pelo Benfica e idolatrada pelo país, que facilite a implantação do Benfica nesse país e facilite a existência de uma fonte adicional de captação de investimento para o clube, encabeçada do lado africano por Isabel dos Santos, principal investidora externa do país, assumidamente benfiquista.
Vamos esperar para ver, mas pensamos que Angola terá a prazo uma preponderância mais visível no SLB do que até à data. Conseguirá o clube obter benefícios desportivos e financeiros desta relação com a pátria de Pedro Mantorras?
2 comentários:
Oh meu deixa-te disso, se houver alguma coisa a comer é para orelhas e outros abutres, o Benfica não cheirará nada ou só migalhas...
É um grande exercício, caro Luis. A ver vamos, como diz o cego!
Abraço
Márcio Guerra, aliás, Bimbosfera
Bimbosfera.blogspot.com
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