quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
As condições climatéricas deixavam antever que o espectáculo não ia ser dos melhores, e isso confirmou-se. No entanto, de vez em quando, eu gosto de ver um jogo deste género, com muita luta e entrega por parte dos jogadores. Quando é necessário, fica sempre bem ao Benfica vestir o fato-macaco. Dá para ver de que fibra são feitos os nossos jogadores.
Júlio César: de início teve dificuldade em adaptar-se àquelas bolas chutadas de longe que pareciam ir morrer nas suas mãos, mas que depois subitamente paravam a meio do caminho. Emendou essa situação e partiu para a sua melhor exibição de águia ao peito, efectuando algumas excelentes defesas. Só um idiota poderá levantar dúvidas no golo anulado aos vitós. Júlio César estava no ar e a lei é clara, é só uma questão de a ler antes de falar.
Maxi: para os comentadores, o golo dos vitós foi uma "infantilidade" de Maxi. Quem vê futebol sem palas nos olhos sabe compreender que a bola simplesmente lhe bate no joelho e que isso tem um nome: azar. Na segunda parte, aí sim, esteve mal, ao falhar escandalosamente na cara do guarda-redes adversário. Foi um jogo mesmo à sua medida; muita luta do princípio ao fim.
Luisão: numa das poucas vezes que falhou, os vitós marcaram.
David Luiz: percebeu rapidamente que o relvado não lhe ia permitir subir com a bola controlada como tanto gosta e procurou jogar prático. No capítulo defensivo foi traído algumas vezes por bolas que paravam nas poças de água. Espero que não se tenha lesionado, como agourou um dos comentadores quando ele caiu por terra. "Foi neste relvado que David Luiz se lesionou". Quanta mesquinhez...
César Peixoto: jogou um pouco melhor do que no último jogo, muito por causa do auxílio de Fábio Coentrão.
Roderick: ainda não é jogador para assumir a responsabilidade que a posição "6" implica no actual esquema do Benfica. Depois da saída de David Luiz passou para central.
Ramires: Jesus teima em não lhe dar um minuto descanso e isso parece não lhe fazer grande diferença. Se o jogo tivesse prolongamento, lá continuaria ele a correr.
Fábio Coentrão: sempre muito activo do princípio ao fim, tanto a atacar como a defender. Foi dos que mais contribuiu para o Benfica chegar ao empate, pelo golo e pela garra.
Aimar: não gosto de ver El Mago de fato-macaco. Por mais que se esforce, este tipo de jogos não são para ele. Tem classe a mais para lodaçais. Má opção de Jesus.
Éder Luís: não imagino o que será estar habituado ao calor, à bola no pé, às fintas, ao passe curto e depois deparar-se com o relvado do D. Afonso Henriques. Foi visível na televisão Jesus a dizer-lhe para picar a bola em vez de a tentar passar junto à relva. Demorou algum tempo a encaixar no estilo de futebol que mais se aconselhava, mas gostei da entrega com que disputou cada lance.
Nuno Gomes: sem pujança física para este tipo de terreno. Ganhou muito poucos lances aos defesas vitós e já não subiu para a segunda parte.
Javi García: entrou, mostrou os dentes aos vitós e fez-lhes ver que agora a dança ia ser outra. Por outro lado, Roderick quase desapareceu do jogo. Javi não é homem para repartir os seus domínios com ninguém, nem sequer com um companheiro de equipa.
Cardozo: veio dar o peso e a altura que o Benfica precisava na frente. Por pouco não marcou um golaço de fora da área.
Di Maria: entrou com a missão de ajudar o Benfica a chegar ao empate e felizmente não esteve tão individualista como costuma.
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