Imparcialidade

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

É caso raro no futebol português ver um árbitro nomeado para apitar um jogo do Benfica imediatamente depois de ter apitado um do foculporto. Porém, quando esse árbitro está no centro de um processo que implica agressões de jogadores do foculporto no túnel da Luz, o caso raro passa a caso único.

Estas duas nomeações de João Ferreira não podem ser consideradas inocentes e fortuitas. A pressão que foi colocada em cima dos ombros do árbitro de Setúbal é mais uma prova da total falta de capacidade de Vítor Pereira para ser o líder da arbitragem em Portugal. Falta de capacidade e uma certa, digamos, animosidade para com o Sport Lisboa e Benfica.

Se João Ferreira ontem tivesse prejudicado o foculporto em algum lance, era certo e sabido que se iriam erguer muitas vozes a dizer que o testemunho dele no túnel não devia ser muito fiável, porque é um árbitro que costuma prejudicar o foculporto.
Se no Domingo João Ferreira beneficiar o Benfica em algum lance, também o mesmo coro de vozes se levantará.
Temos portanto um árbitro fortemente condicionado para não prejudicar o foculporto num jogo e para não beneficiar o Benfica no outro. E toda a gente sabe como costumam acabar este tipo de condicionalismos: os árbitros, uns consciente outros inconscientemente, defendem-se dentro do campo. Aqui nem sequer falo em corrupção ou premeditação, é próprio do ser humano defender-se neste género de situações.

Do outro lado, julgo que se o foculporto não vencer os próximos jogos folgadamente e continuar a jogar sobre brasas e à espera do apito final para sossegar, entra em colapso. Nenhuma equipa resiste indefinidamente àquilo. E para precaver esse tipo de riscos, nada melhor do que o inenarrável Rui Costa, um árbitro ao nível dos Calheiros, Guímaros e Fortunatos Azevedos desta vida, para apitar o próximo jogo e assegurar os três pontos sem o sofrimento habitual dos últimos jogos.
Para culminar o embrulho, Elmano tem o castigo devido a quem ousa assinalar um penálti nos descontos no dragay: esta jornada fica em casa.

Aqui há uns dias, Vítor Pereira disse, sobre as arbitragens, "houve desempenhos que não cumpriram com a missão de garantir imparcialidade no jogo".
E agora, quem é que não está a cumprir com a missão de
garantir imparcialidade no jogo?

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