quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Quando ouvi Jorge Jesus mencionar apenas os nomes de Peixoto, Coentrão e David Luiz depois de lhe perguntarem sobre as opções para o lado esquerdo da defesa, concluí que Shaffer já não entrava nas contas para o que resta da época.
Aliás, será que alguma vez chegou a entrar? A contratação de César Peixoto, ainda a recuperar de uma lesão, só vem reforçar a minha ideia de que Jesus nunca contou realmente com Shaffer e quis arranjar rapidamente uma solução para o problema. Viu-se o que aconteceu quando Peixoto ficou apto: ganhou imediatamente o lugar. Isto para não falar da adaptação de Coentrão...
Mais, julgo que foi bem visível (e audível), quer pela televisão quer no estádio, a irritação que as exibições do argentino provocavam a Jesus. Era frequente vê-lo aos gritos com Shaffer para que este ocupasse a sua posição. E é precisamente a "posição", ou falta dela, que trama Shaffer. Apesar de ser um jogador que, pela sua raça, entrega e alguns bons cruzamentos, cai rapidamente no goto dos adeptos, Shaffer nunca poderá agradar a um perfeccionista como Jesus. Falta-lhe cultura táctica. Imensa.
É isto que dá contratar jogadores sem o aval do treinador. Já com Patric foi a mesma coisa, mas como nesse caso havia Maxi, Jesus não pensou duas vezes e pôs o brasileiro a andar daqui para fora. Não foi à toa que, na sua apresentação como novo treinador do Benfica, os únicos jogadores que Jesus disse conhecer mal fossem estes dois.
A função do treinador não é só pôr a rapaziada a jogar, também convém ser ele a escolhê-los. Digo eu...
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