Gula na Gala

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Excelentíssimo Senhor Presidente do Sport Lisboa e Benfica,

Venho por este meio expressar o meu repúdio pelo facto de este ano os organizadores da Gala do Benfica terem prescindido do habitual jantar antes da cerimónia, algo que proporcionava uma saudável confraternização entre os convivas e criava um ambiente familiar e intimista que só uma mesa com um farto repasto consegue. Julgo que o evento perdeu assim alguma da qualidade e fama que vinha granjeando entre os prestigiados convidados dos mais diversos quadrantes da nossa sociedade. Celebrar o Benfica é importante, sim, mas um croquete ou um rissol não lhe ficam atrás. Peço então ao Senhor Presidente que, no próximo ano, restaure os bons costumes do saber receber e nos propicie comida e bebida em abundância, para podermos homenagear o Benfica da melhor forma possível. Ou seja, de pança cheia e faces rosadas.

Sem mais,

Serpa dos Rissóis

Seria tão lindo que nem uma pessoa falhasse...

O movimento começou de forma espontânea através das redes sociais e já conquistou milhares de adeptos: a ideia é pintar o Estádio da Luz de vermelho no clássico com o FC Porto e, para isso, a proposta da iniciativa é que cada sócio, adepto ou simpatizante vista uma peça dessa mesma cor, seja esta uma camisola do emblema da Luz, ou meros cachecóis, t-shirts, pijamas ou até lençóis. A ideia é mesmo manter o apoio à equipa, apesar dos pontos perdidos em Guimarães e Coimbra, por forma a que os comandados de Jorge Jesus não se possam queixar da falta do 12º jogador, in O Jogo.


Agora também em vídeo:



Espalhem a mensagem.

"Viva o Benfica!" à José Augusto

Desde o final do jogo contra a Académica que comecei a questionar-me como iria aguentar a lenta e deprimente passagem de todos os dias, horas, minutos e segundos que faltariam até ao apito inicial do jogo de sexta. Passei o domingo triste. Segunda, cabisbaixo. Terça não estava a ser melhor, principalmente devido à morte de Jaime Graça e, seguramente, os próximos dias iriam continuar na mesma toada melancólica.

Mas graças a Cosme Damião hoje foi dia da Gala do centésimo oitavo (tem mais imponência do que "108º") aniversário do Benfica. Mal comecei a ver aquele desfile de antigas glórias, tantos e tantos nomes que ajudaram a fazer do Benfica aquilo que ele é hoje, senti-me imediatamente melhor. A seguir, o maluco do Futre conseguiu arrancar-me a gargalhada da noite, ao explicar como surgiu a sua mítica finta com os braços (este momento vai ser mais um sucesso do Youtube).

Depois, o tonitruante Viva o Benfica! de José Augusto arrancou de mim qualquer sintoma letárgico que ainda pudesse persistir de sábado passado. Este Viva o Benfica! do José Augusto tem qualquer coisa de mágico... Para já, é um Viva o Benfica! que traz consigo duas Taças dos Clubes Campeões Europeus. Mas talvez isso nem seja o mais importante. A forma como o José Augusto fecha os olhos durante um invulgarmente longo milésimo de segundo antes de expressar vocalmente o seu amor pelo Benfica é deliciosa. E dá ideia que o José Augusto fica cansado após o seu Viva o Benfica! Eu acredito que o seu próprio corpo não queira que ele diga Viva o Benfica! com toda aquela pujança, com receio de poder perder nem que seja um bocadinho do fervor benfiquista que lhe percorre todas as moléculas. Mas o José Augusto é um benfiquista a sério e, ignorando o apelo do seu próprio ser, quer mesmo mostrar aquilo que sente e ensinar a todos, velhos e novos, como se diz um Viva o Benfica! como deve ser. E então o José Augusto mergulha nas suas próprias entranhas e, embora esgotado, regressa triunfante com aquela maravilha que eu tive o prazer de ouvir.

Por fim, o discurso apaixonante do Velho Capitão, Mário Wilson, fez-me relembrar o porquê de eu ser do Benfica e a imensa felicidade que tal facto traz à minha vida. Aquele discurso deveria ser transcrito e colocado no site para todos os benfiquistas lerem.

Obrigado, José Augusto. Obrigado, Mário Wilson. Obrigado, Benfica. Amanhã será um dia melhor. E quinta também. E sexta, com todos unidos dentro e fora do estádio, idem.

Gala 2012

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

O mail que gostaria de ter recebido - a ideia do que para mim deveria ser a gala de aniversário do nosso clube.


Pode ser que para o ano esta celebração possa ser feita com a presença daqueles que realmente fazem dele o maior clube do mundo - os seus sócios.

É só imaginar o que seriam 12.000 pessoas no Pavilhão Atlântico a cantar os parabéns ao clube e a incentivar a equipa para a fase final da época (parece que vêm aí jogos importantes) e comparar isso com o contributo motivacional que é ter o Vítor Serpa, Joaquim Oliveira ou o Fernando Gomes na audiência (não sei se estão, não estou a ver a gala, estou apenas a especular...)

A uma só cor


"Pintar o Estádio de Vermelho"

Nem todos temos uma camisola do Benfica. São caras e há quem prefira entregar o seu dinheiro à causa do sócio e à causa da presença constante em jogos. Mas há quem tenha. E quem não tem uma camisola, de certeza que tem uma t-shirt, um casaco, um pijama, um lençol, uma toalha vermelha.

O que se pede a todos os benfiquistas é que se vistam de vermelho na 6ª feira. Vamos pintar a Luz de vermelho. Está frio e só tens t-shirt? Vestes por cima de agasalhos ou então saltas e cantas para aquecer. Vais sair à noite a seguir? Trocas-te no carro, trocas-te nos WC's da Luz. Nenhum motivo que tenhas é mais importante do que dar um colorido infernal ao Estádio do teu clube do coração.

Todos à Luz. Todos ao roupeiro vestir a cor do nosso clube. Todos juntos rumo ao 33º. Força, Benfica!

Adeus, Catalunha


Sete campeonatos e quatro Taças (uma delas ao serviço do Vitória de Setúbal). Mais um monstro da nossa história que parte.

O papelinho mais bonito da História

Prémio de jogo

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Então o que se terá passado hoje com a aguerrida equipa do Guimarães? 4-0???

Não deve ter havido prémios de jogo...

O mal

Pronto, está tudo explicado. Nem vale a pena ir à Luz na próxima sexta.


P.S. Normalmente deparo-me com situações como "uma pessoa da área da gestão que é apenas especialista em benchmarking" ou "uma pessoa da área do marketing mas que é apenas especialista em branding". Mas "uma pessoa da área do sobrenatural mas que é apenas especialista no mal" bate tudo o que eu já vi até hoje.

Retrocessos e Avanços

Este fim de semana estive no Pavilhão do Conhecimento. Era Sábado à tarde, fui como é óbvio à Benfica (já estava em estágio).

Uma das experiências que se podiam fazer lá era andar numa bicicleta sobre um cabo e eu lá fui. Fica aqui o video.



Até aos 15' personalizo o Benfica das últimas 2 semanas - desajeitado, receoso, a andar para trás. O que vêem a partir desse momento até ao final do video é o Benfica de hoje até Maio - confiante, motivado, orientado para o objectivo, a andar para a frente.

Se estiverem atentos percebem que é graças a uma espécie de "patilhão" que está debaixo da bicicleta que eu consigo o equilíbrio necessário para não cair. Quero acreditar que todos nós benfiquistas seremos, daqui até Maio, o "patilhão" necessário para que este Benfica não só não caia como avance motivado em direcção ao sucesso.

Ps: Quem ainda não foi ao Pavilhão do Conhecimento, gosta do mar, gosta de experiências e saber o porquê de alguns fenómenos, não deve perder a exposição actual.

Um bocadinho mais de rigor, por favor

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Eu gostaria imenso que as pessoas se decidissem em relação a quem é o actual líder do campeonato. Nuns sites vejo que é o foculporto, noutros vejo que é o Benfica, e no site do zbordin vejo que é o zbordin.

Embora não seja uma coisa que me preocupe por aí além, a verdade é queria ser o mais rigoroso possível durante a semana que aí vem. Deverei dizer "sexta é para cimentarmos a nossa liderança" ou "sexta é para recuperarmos o primeiro lugar"?

"O Benfica foi roubado"

Na minha opinião há dois factores fundamentais para a viragem de rumo, e também de mentalidade, na história do Benfica a partir do final dos anos 80. O tomar de rédeas dos principais órgãos decisórios do futebol português por parte de Pinto da Costa é claramente o primeiro. O segundo é a forma como esse controlo, com foco mais visível nas arbitragens, foi gradualmente passando a ser utilizado como uma capa para a massa benfiquista esconder de si própria o que está mal no seio do clube. Este bizarro fenómeno entranhou-se de tal forma na bonita entidade colectiva que é o benfiquismo, que fez com que o grau de exigência atingisse, por vezes, o limiar do absurdo. A leviandade com que se foi bradando aos quatro ventos a expressão "o Benfica foi roubado" banalizou a queixa de tal forma que, às vezes, nota-se perfeitamente que a pessoa já diz aquilo simplesmente por dizer, apenas como um lugar-comum para justificar um resultado menos bom. E aqui recuo à época horribilis 2000/01, na qual invariavelmente se ouvia no final de cada jogo o tal "o Benfica foi roubado", isto estando o Benfica a apresentar um futebol digno dos distritais e, salvo duas ou três honrosas excepções, com um plantel digno de um qualquer Campomaiorense. Mas com a milagrosa fórmula "o Benfica foi roubado" tudo se perdoava e o Escalona e o Uribe até pareciam ser jogadores de futebol.

Passando imediatamente para o presente, é bom que fique claro que há um penálti claríssimo sobre Aimar. Mas reduzir o que se passou em Coimbra e Guimarães (o Maxi fez mesmo falta no livre que deu o golo, lamento) a um vulgar "o Benfica foi roubado" é perigoso. E também estúpido. Porque depois estaremos a pôr de parte o facto de o plantel não ter uma única alternativa a Javi (o Matic não tem culpa, como não teria culpa se o colocassem a ponta-de-lança). Ou o facto de a alternativa a Maxi ser... Witsel (!!!), como vimos no jogo contra o Nacional. Ou o facto de a alternativa ao próprio Witsel ser... ninguém (e isto são três posições importantíssimas no esquema de jogo do Benfica: o trinco, que domina o miolo; o lateral direito, que tem que subir imenso e criar desequilíbrios, já que ao lateral esquerdo é pedida mais contenção; e o chamado médio box-to-box, que se desdobra em acções ofensivas e defensivas). Ou o facto de no mercado de Inverno termos perdido Ruben Amorim e Enzo Pérez e para os seus lugares ter entrado Djaló, um jogador que eu até acredito que possa ser muito útil, mas só na próxima época (estar seis meses parado e chegar a uma equipa na fase da época em que tudo se decide é muito complicado). Ou o facto de, e dadas as lacunas acima apontadas, os dirigentes do Benfica andarem preocupados em contratar jogadores para a equipa B (já lhes perdi a conta) enquanto o foculporto contrata aquilo de que a equipa precisava: um pensador e um matador (digam-me sinceramente, sabem de algum jogador contratado para a equipa B do foculporto?). Ou o facto de Jesus ter aparentemente ensandecido nestes três últimos jogos (ir jogar sem cautelas a São Petersburgo, como se o Zenit fosse um Pinhalnovense e o seu treinador fosse o Luís Campos? Ir a Guimarães com o desgraçado do Matic sozinho no meio-campo e fazer uma substituição aos 85' e outra aos 86' quando estava a perder desde os 37'? Ir a Coimbra com o Aimar encostado ao Cardozo, vulgo "Aimar versão Quique Flores", e depois de isso ser corrigido e o homem finalmente começar a pegar no jogo, tirá-lo para meter o Djaló (um abraço ao Saviola) e a partir daí o organizador de jogo da equipa passar a ser o Garay, com chutões de área a área? Admitir no final deste jogo que o Rodrigo se ressentiu da lesão contraída na Rússia, isto depois de ter metido o puto 90 minutos em Guimarães?).

Será que tudo isto se resume a um simples "o Benfica foi roubado"? Se sim, Pinto da Costa venceu. Parabéns.

Gostamos de sofrer

sábado, 25 de fevereiro de 2012

É esta a sina dos benfiquistas: sofrer, mesmo quando somos melhores, temos melhor equipa e quando temos uma vantagem confortável.

Em duas jornadas, desperdiçámos 5 pontos. Em ambos os jogos, notou-se intranquilidade, falta de ideias, falta de frieza, Cardozo ausente, Nolito no banco, árbitro artista.

A equipa que ia em segundo lugar, a 5 pontos, pode amanhã ficar com os mesmos pontos que nós. E porquê? Porque ver o Benfica a vacilar é motivação-extra para eles...

Aquilo que parecia certo é agora uma incógnita. Seremos capazes de não tremer e de lutar até ao fim? Sinceramente não sei...

Se eles ganharem na Luz para a semana, duvido que os apanhemos.

A convocatória de Nélson Oliveira é uma palhaçada

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

E afirmo-o com toda a convicção. Anda tudo eufórico com esta convocatória do rapaz mas isto não faz qualquer sentido, desculpem lá. O Benfica anda a trabalhar o jogador, a mimá-lo e a fazê-lo evoluir. É preciso ver que o miúdo passa os dias a ouvir "olha como o Cardozo finaliza", "repara como o Saviola arrasta um defesa com ele", "atenta como o Rodrigo galga terreno com a bola controlada" (porra, com treinos destes até eu conseguiria... Hmm... Não, não conseguiria. Nem assim).


E agora vem o Paulo Bento e vai pôr o rapaz a treinar dois ou três dias com Hugo Almeida e Hélder Postiga? P'ró caralho!

Benfica, o Aimar das negociações

O Benfica trabalha muito bem. Negoceia rapidamente e com classe. Isso pode permitir fechar alguns negócios mais difíceis, diz o empresário de um puto do Barça.

Quando és tema de conversa na Sala Oval, sabes que atingiste o topo

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

É sabido que há muitos cidadãos russos que não vêem com bons olhos a aquisição de clubes de futebol estrangeiros por magnatas russos. Esse boato pode ser mais uma tentativa de denegrir a imagem de Mikhail Prokhorov, esclareceu alguém ligado à campanha presidencial, sobre o alegado interesse do milionário em comprar o zbordin.

E pronto, o zbordin atinge assim um novo marco na sua história, ao ver o seu nome ser utilizado para denegrir um candidato à presidência da Rússia. Isto é prestígio a sério, caramba! Qual campeonato português, qual Taça de Portugal, qual Liga Europa, qual Champions! Isso são feitos ao alcance de qualquer clube. O zbordin joga mais forte, joga pesado. O zbordin imiscui-se nas grandes decisões do planeta. O zbordin é um peão influente no complexo mundo da política internacional.

O zbordin está para Mikhail Prokhorov como Nafissatou Diallo está para Strauss-Kahn. Os paralelismos são incríveis, vejamos: a taradice do candidato francês era bem conhecida de todos, portanto nada mais simples do que arranjar uma camareira badalhoca e disposta a ganhar uns dólares extra, que trabalhasse no hotel onde o homem ia estar alojado; no caso do russo, o gosto por investir em clubes também era do domínio público, portanto lançaram o nome do zbordin para lhe manchar a imagem. E assim se dá cabo de duas candidaturas presidenciais. Que motivos obscuros estarão na base dos assassinatos políticos de Strauss-Kahn e Mikhail Prokhorov? Não se sabe. Mas sabe-se que Sarkozy e Putin podem dormir mais sossegados.
No fundo, o zbordin é uma Nafissatou Diallo. Mas o curioso é que a mulher ainda recebeu umas carocas por ter aberto a perna ao velho, ao passo que o zbordin não recebeu nada. Sempre comidos, não aprendem...

E é claro que a esta hora já Obama tem um extenso dossier sobre o zbordin na sua mesa de trabalho e contempla, estupefacto, os 239286492084692 títulos do clube. What the hell are "cabra-cega" or "macaca"? pergunta o presidente a Leon Panetta. Este encolhe os ombros, derrotado. Are those even sports? Ninguém sabe. E os poderosos norte-americanos não estão habituados a não saber. Are there any portuguese in my staff that can help us with this?, questiona o presidente. Only the dog, Mr. President, responde Panetta. The russians must have some intel on zbordin. Find what they know. And get rid of that stupid portuguese dog.

Carta aberta a Raul José

Caro Raul, sei que não reconheci até hoje o teu verdadeiro valor. Sei que nunca falei de ti. Nunca disse “ainda bem que o Raul ali está para nos ajudar” e coisas do género. Fui sempre omisso, focalizei-me sempre nas questões mais visíveis e por isso peço desculpa. Hoje procuro redimir-me.

Tu, Raul, sempre na sombra, a apoiar o nosso mister, a fazer as muitas coisas imprescindíveis que fazes e que nós não sabemos quais são, mas que nos ajudam certamente a atingir os bons resultados, merecias que muitos mais de nós pensassem em ti e no trabalho que fazes. Obrigado por tudo o que fizeste por nós e pelo Benfica, até à data.

Quero fazer-te um pedido. Não podia pedir-te nada sem primeiro te dizer que tens muita importância para nós, mesmo que as manifestações desta constatação não abundem. És fundamental para o nosso sucesso e por isso, por teres responsabilidade no nosso desempenho positivo, penso que é legítimo podermos pedir-te para ajudar a evitar amargos de boca como o de 2ª feira de Carnaval.

Como poucos, conheces o nosso mister. Talvez ainda mais escasso é o número de pessoas com as quais o nosso treinador troca opiniões, discute o futebol, consensualiza estratégias para o próximo jogo e tu estás nesse leque restrito.

Ai vai o pedido então: Precisamos que funciones como contrapeso da balança, Raul. Queremos que nunca deixes abanar a relação de forças de primazia e dependência que foram sempre a essência deste clube (o Sport Lisboa e Benfica é maior que a sua Equipa, que é maior do que as Pessoas que a compõem).

Quando vires que alguém, inclusive o nosso treinador, tem em mente algo que não é o melhor para o Sport Lisboa e Benfica, algo que prejudica aquele que é o elemento último de enfoque de cada um de nós, aconselha-o, rebate a ideia dele, esgota argumentos até à exaustão, mas convence-o a não levar a dele avante.

Prova-lhe, com os casos destes 3 anos passados neste clube, que sempre que ele pensou primeiro em provar que enquanto treinador-indivíduo, conseguiria algo de extraordinário utilizando para isso o Sport Lisboa e Benfica, ambos falharam. Explica-lhe que com o melhor futebol dos últimos 20 anos também vieram algumas das maiores vergonhas dos últimos 20 e que juntos, tu, ele e nós, estão criadas todas as condições para que não se repitam.

Raul, pega nos maus exemplos do passado e do presente, revisita-os, para que não sejam repetidos no futuro. São poucos, Raul, mostra-lhe, faz-lhe compreender o que correu mal com David Luiz à esquerda, com um meio campo só com Matic, com as bolas paradas defensivas. Juntos, reconheçam o que falhou e reforcem os princípios básicos que possam garantir ao SLB ganhar o máximo de vezes possível.

Raul, precisamos da tua ajuda para fazeres de Jesus um treinador melhor. Contigo vamos conseguir, porque o potencial está todo lá. E da próxima vez que vires o Jorge Jesus adepto de tácticas suicidas na cabine diz-lhe que está no balneário errado. Diz-lhe, por esta ordem, que este é o balneário do melhor clube do mundo, que tem a melhor equipa de futebol do mundo e que lá só entra o grande Jorge Jesus, Treinador de futebol.

Confiamos em ti! O teu sucesso será o nosso sucesso.

Jogada estudada

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012



- Então, André, tens saudade da cadeira de sonho? Eu disse-te que sem árbitros era mais complicado...
- Pois... Fui impulsivo, presidente... E o russo não me dá apoio como dava o presidente. Só quer festas, barcos e casinos.
- Casino? Hmm? Onde? Quero ir!
- Pronto, já acordaste o Sono... Não há casino nenhum, Reinaldo. Além disso, estás proibido de os frequentar. Dorme.
- Sou constantemente desautorizado pelos jogadores, presidente. Já não sei o que faça...
- Não há ninguém que trate dessas coisas no Chelsea?
- Não...
- Que estrutura tão pouco profissional. No foculporto esses jogadores ficavam com os vidros do carro partidos no próprio dia em que isso acontecesse.
- Pois, presidente. Sinto falta desses pequenos detalhes. Isto aqui é uma bandalheira.
- Aposto que não chegas ao fim da época.
- Apostas? É a minha vez? Cubro! Espera... Que se foda, all in! À macho!
- Não há aposta nenhuma, Reinaldo. Dorme sossegado.
- Vou apost...
- Pcht, olha o Reinaldo...
- Vou... vou dar tudo por tudo na Champions. Pode ser que me aguente.
- Começaste bem, ontem...
- Se o russo me puser a andar não me faltarão convites. Quero ir para Itália ou Espanh...
- NÃO!!! Não fales nesse país, se não o Sono...
- Espanha?!?! Hã?! É para fugir outra vez?! Vamos embora, presidente. Rápido!
- Calma, Reinaldo. Não é preciso fugir. Está tudo bem. Dorme.
- É verdade, o que foi aquela coisa do racismo, presidente? Não acompanhei o caso.
- Foram uns tipos da claque que se puseram a imitar macacos e...
- Macaco? Tenho aqui o número dele. É preciso alguma coisa?
- Não, Reinaldo. Dorme.
- Fui ao balneário cumprimentar a rapaziada, presidente. E aproveitei para lhes dar umas indicações. Sem o Vítor perceber, claro. É um bom homem, mas não percebe muito de futebol.
- Já reparei... E o que lhes disseste?
- Olhe, por exemplo, hoje andei o dia todo a magicar um pontapé de saída fabuloso para o Chelsea. A bola é atrasada par o Meireles, este abre no Bosingwa que por sua vez passa logo para o Cahill, este mete no David Luiz, que avança no terreno e faz um passe em profundidade espectacular para o Mata, que depois vai à linha cruzar para o Drogba e é golo. Então lembrei-me de explicar isto aos jogadores.
- Mas tens noção de que o Otamendi não tem os pés do David Luiz, não tens?
- Calma, presidente. Vai ver como a jogada é maravilhosa. Com sorte dá golo. Olhe, vai começar...



- Com sorte dá golo?!?! E deu mesmo golo, idiota! Eu não te disse logo que o Otamendi não tem os pés do David Luiz?
- Presidente, eu...
- Tu desaparece-me já da frente!
- Mas...
- Mas nada! Vai lá fazer merda para a tua equipa mas deixa a minha em paz! Filho da puta!
- Puta? É para a mandar para que hotel, presidente?
- Dorme, imbecil.

Espero que não, mas...

Parece que as obras na bancada incendiada pelos adeptos do clube diferente estão concluídas. Mas por que é que eu tenho a desconfortável sensação que após a sexta da próxima semana vão ser necessárias novas obras?

Por uma questão de coerência

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

A gripe de última hora que afastou Urreta da convocatória do Guimarães é uma coincidência tão absurda quanto as "lesões" de jogadores emprestados pelo foculporto a outras equipas em vésperas de jogo contra o foculporto. Não me sentiria bem ao estar sempre a refilar quando isso acontece e agora fingir que não se passou nada.

Toca a animar

A derrota de ontem faz pensar... Pois faz... E faz delirar uns quantos que, apesar de se dizerem adeptos de um clube que ganha tudo e que é o maior e mais não sei o quê, vivem mais das derrotas do Benfica do que das vitórias do seu clube.

Mas... malta, continuamos na frente, vamos receber na nossa casa os segundo e terceiro classificados, estes vão defrontar-se na 26.ª jornada, o segundo vai ao Nacional e vai receber o amigo Sporting (que acredito que cause dificuldades porque não me lembro do Sá Pinto ser muito fã do porto) e na última jornada desloca-se ao terreno do Marítimo. E nós temos a onda, a onda encarnada que empurra a equipa e que, curiosamente, ontem foi um pouco abafada pelos vitós.

O objectivo não é manter os coisinhos a 5 pontos... O objectivo é ganhar o campeonato.

Vamos BENFICA!

Estatística

Marítimo para a Taça de Portugal. Zenit para a Champions. Guimarães para o campeonato.

Que facto incomum na equipa do Benfica se torna denominador comum nas únicas três derrotas da época?

217917000

Não há palavras para descrever a brigada anti-Benfica que patrulha a blogosfera benfiquista de forma obsessiva e doentia de cada vez que o Benfica perde um jogo.

Mas vocês não têm nada de jeito para fazer na vida, pobres criaturas? Vão dar uma queca, pá! Ou batam uma canhola se forem demasiadamente grotescos para uma rapariga se aproximar de vocês, mesmo a pagar.

Mas não, vocês, frustrados dos sete costados, preferem ir para os blogs benfiquistas escrever que o Benfica é merda, e que estamos em coma, e que é o fim da linha, e que odeiam o Benfica, e que o foculporto vai ser campeão, e que o zbordin vai roubar o título ao Benfica em Alvalade. É com isto que molham a cuequinha, não é? "Pus agora mesmo um comentário num blog do Benfica a gozar com eles. Muahahaha! Sou a encarnação do mal em pessoa! E ainda tive um orgasmo como bónus." A sério... Isso é tão, mas tão deprimente... Vocês não têm noção da vossa triste e miserável figura.

Dirijam-se ao Júlio de Matos e peçam ajuda, está bem? O número de telefone está no título.

A vida continua, ninguém faleceu

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Perdemos sem grande espanto, julgo eu. O Guimarães tinha a lição muito bem estudada (tem um belo treinador, como eu já tinha dito) e foi melhor. Já ao Benfica, tudo saiu mal. Há jogos assim.

Agora venha o próximo, que eu não tenho grande paciência para carpir mágoas e fazer dissertações apocalípticas. Principalmente quando estamos na frente do campeonato.

Redpass - Novo impulso



Está online mais uma actualização da oferta do Redpass para os restantes jogos desta época.

Destaque para a oferta alargada aos "jovens" - 18 a 23 anos, que por 44€ têm acesso aos jogos do Porto, do Braga e (esperamos) da festa do título.

Link para compra e mais informação aqui Redpass. Vamos ajudar a encher a Luz!

Neste aspecto discordo do mister

Guimarães, Académica, Paços, Olhanense, zbordin, Rio Ave, Setúbal.

Hoje é mesmo a deslocação mais difícil que o Benfica terá até ao final do campeonato, e não uma das mais difíceis, como diz Jesus. Até porque o Guimarães atravessa a melhor fase da época e tem o melhor treinador de todas aquelas equipas com quem ainda falta jogar.

Ilusão de ética

domingo, 19 de fevereiro de 2012


Esta imagem demonstra como o foculporto se desloca a Setúbal há anos a fio. À primeira vista pode dar a ideia de que vai acontecer ali um jogo de futebol a sério, disputado e com ambas as equipas apostadas em darem o seu melhor. Mas isso é só à primeira vista, porque se pusermos o dedo no canto superior direito da televisão e taparmos o rectângulo que indica o tempo de jogo, o resultado e as iniciais dos dois clubes, a ilusão desfaz-se e constatamos que afinal aquilo não passa de um saudável treino entre ambas as equipas, onde o resultado é sempre o mesmo. No fundo, e novamente à semelhança daquela imagem, o Vitória de Setúbal abre sempre a pernoca. E o hábito é tanto que já nem sentem. Não custa nada. O treino correu bem, ninguém se aleijou. E isso é o mais importante.

Sobre a reciprocidade

Estava descansadamente a almoçar quando sou interrompido por Rui Santos, que surge no ecrã da televisão para me perguntar "com quem o Benfica deve estabelecer relações de privilégio na Liga portuguesa?" Rui Santos acrescenta que posso dar as seguintes respostas: todos; zbordin; foculporto; filial de Braga; ninguém.

Não me agrada nada a forma como Rui Santos conduz a sua relação com o espectador. Rui Santos pergunta, pergunta, pergunta e o espectador limita-se a responder, sendo que, ainda por cima, só o pode fazer utilizando respostas previamente seleccionadas por Rui Santos. Não pode ser. Isto é de uma prepotência que não se admite. Também deveríamos ter o direito de colocar as nossas questões a Rui Santos, com hipóteses de resposta igualmente escolhidas por nós.

Por exemplo: Com quem Rui Santos deve estabelecer relações de privilégio no zoológico de Lisboa? Com o rinoceronte; com o orangotango; com o gajo da bilheteira; com a senhora da limpeza; todos; nenhum.

Ou: Que produto deverá Rui Santos utilizar para manter a beleza da sua cabeleira lustrosa? Gel capilar; banha de porco; sémen de ornitorrinco; resina de pinheiro; todos; nenhum.

Estou tentado a enviar-lhe um mail sobre este assunto.

Anda uma mãe a criar um filho para isto

sábado, 18 de fevereiro de 2012

... el contador Cristian Filipi se encargó de pedirle a la prensa local el sábado en el estadio Ciudad de La Plata que no se divulgara el paradero de Pérez, que estaba observando el partido con Newell’s. “No vas a decir que estuvo en la cancha, por favor”, suplicó la mano derecha del representante Miguel Pires, quien maneja la carrera del jugador. Resto, aqui.

Oh, então o Enzo não está ao lado de senhora sua mãe, atacada por grave doença, neste momento familiar tão dramático? Estou chocado... Com tanta aldrabice.

Ups...

Temos o orgulho de ter uma equipa com jogadores de várias nacionalidades e culturas, que obtiveram muitos títulos com base no respeito. Nunca um jogador do FC Porto sentiu qualquer indício de racismo.

Quando ontem li isto fiquei com a sensação de que os dirigentes do foculporto não perceberam que quem se queixou de racismo não foram os jogadores do foculporto, mas sim os adversários...



Cá está. Confere.

A menos que "filho da puta" e "porco" sejam palavras de incentivo aos seus ídolos, claro.

Constantino, o Benfica precisa de ti

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

O Benfica está obrigado à reviravolta para seguir em frente e pode inspirar-se num momento que ficou na história do clube para tentar superar o Zenit. A última vez que o clube da Luz deu a volta a uma eliminatória na principal prova da UEFA foi já em... 1989/90, nas meias-finais da Taça dos Campeões Europeus, ante o Marselha. Depois da derrota em França por 2-1, a "mão de Vata" permitiu às águias lutar pelo título com o AC Milan. Retirado daqui.

Ou seja, há 22 anos que o Benfica não vira uma eliminatória da Champions com um resultado negativo na primeira mão. E porquê? Simples, porque nunca mais houve Mão de Vata na Luz. Mas agora essa hipótese é real. Podemos ter Mão de Vata no jogo contra o Zenit e assim quebrar a malapata que nos tem atormentado. Portanto, o Constantino que faça o favor de se apresentar na Luz no dia 6 de Março de 2012. Sem falta.

Gosto desta lógica

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Eu sou um jogador forte mas eles abusaram do corpo.

Isto dito por um dos jogadores do campeonato português que mais abusa do corpo. Mas pelos vistos parece que Hulk só é forte contra os fracos.

Rumo ao Estádio da Luz

Faltam cerca de 15 dias para os momentos mais importantes desta época até à data - 2 e 6 de Março. E o epicentro da decisão é o Estádio da Luz.

Estar junto da equipa nos 2 jogos é responsabilidade da nossa massa associativa. Por todo o lado se vê declarações de amor, de esperança na passagem, de aspiração de vitória nos 2 confrontos que se avizinham.

Nada disto vai chegar todavia. Como sabemos, é sobretudo fulcral marcar presença no Estádio, nesses dias, o que implica dispender (muito) dinheiro e (muito) tempo para estar ao lado da equipa, empurrá-la para o sucesso.

Criar condições para ter casa cheia e abordar este ciclo com fortes expectativas é obrigação da estrutura do clube, sobretudo da Direcção Comercial e de Marketing. O que fazer então para garantir a tão necessária "romaria" de pelo menos 60.000 almas em cada um dos jogos, a uma 6ª e a uma 3ª Feira, com os bilhetes mais baratos para sócios a 17,5€, não sócios a 25€ contra o foculporto e 35€ contra o Zenit?

Aqui ficam as sugestões para implementar, todas execuíveis e geradoras de impacto em 15 dias, o tempo que dista até ao clássico:

Portadores de Redpass:
O bilhete para o jogo com o foculporto está garantido. Se comprares o bilhete para o Zenit vês os Quartos de Final pagando 50% do valor do jogo do Zenit. E não te preocupes que com o teu apoio, vamos abafar os Russos e passar aos Quartos.

Adicionalmente, como és dos que estás sempre presente, temos um benefício adicional: Compras o bilhete do Zenit e tens o teu lugar garantido para a taça da liga com o foculporto por 7,5€/10€ (conforme a bancada).

Sócios:
Temos para ti o pack "Sou eu que carrego o Benfica". Por 40€ vais para a Coca-Cola ou para a Sagres e vês o foculporto, o Zenit e o Beira-Mar, no mesmo lugar.

Queres e podes continuar a carregar o Benfica - compras o Redpass até ao final da época por 25€ e levas o Benfica até ao 33º título.

Adeptos:
Faz-te sócio com débito directo, tens o Kit e a quota de Março grátis e acedes ao pack "Sou eu que carrego o Benfica"

Se não conseguires assumir o compromisso de associado temos para ti uma alternativa menos onerosa. Não vais poder ir ver o jogo do título, mas queremos que sintas o Estádio da Luz cheio contra os Russos. Vamos convidar-te para um lugar no Estádio acima da fila Z. Cada fila acima da Z terá 2% de desconto sobre o valor do bilhete para o público. Quanto mais acima, menos dispendioso será teres a oportunidade de ver o SLB. Vá e agora vê se poupas para o bilhete nestes 15 dias que tu precisas tanto de ir como o Benfica de te ter lá.

Como fazer: 

E-mail marketing até 200Km de distância do sócio ao Estádio | Benfica TV | Call Center a ligar aos sócios que não compraram bilhete.



A UEFA pode ir para o caralho

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Não vou comentar a actuação dos jogadores do Benfica porque andei nos últimos dias a trocar impressões com amigos médicos e todos me disseram que é irracional e cruel obrigar seres humanos a praticar um desporto de alta competição, já de si fisicamente bastante exigente, com temperaturas como aquelas. Nunca falei com nenhum médico russo, mas presumo que eles pensem o mesmo. Caso contrário o campeonato deles não pararia nesta altura. Não sei se a UEFA estava ao corrente disso...

Depois, quando o jogo começou, olhei para aquele relvado, deprimi e pedi aos deuses do futebol que ninguém se lesionasse devido ao triste pedaço de tundra siberiana que os jogadores do Benfica estavam a pisar. Os deuses ouviram-me quanto a isso mas fecharam os olhos em relação ao animal que por ali vagueava em busca da presa da noite. Presa essa que estava bem definida desde o início: o jogador do Benfica em melhor momento de forma, Rodrigo. O animal mordeu e afastou-se, cobardemente, como se não fosse nada com ele. Se isto fosse em Portugal, com outra camisola, o animal saberia que poderia continuar a morder impunemente, mas assim amansou um pouco. É animal mas não é burro. Ele sabe bem o que faz e sabe ainda melhor quem escolher como vítima, como hoje ficou amplamente demonstrado para quem ainda tinha dúvidas.

Regressando então ao frio e ao relv... à tundra, interrogo-me se a UEFA considerou este um jogo da Champions. Teve aquela musiquinha inicial inspiradora e teve miúdos a abanar aquele pano gigante da bola com estrelas. Portanto foi Champions. Errado. Foi uma vergonha. Incomodou-me bastante ver os jogadores do Benfica serem sujeitos àquilo. Nem sequer deveria ser permitido que Aimar, por exemplo, pisasse um terreno como aquele. Não combina. Destoa. Fica mal. E não engulo a conversa máscula de o Benfica ter que conseguir jogar em todo o lado. O Benfica tem classe a mais para ser sujeito àquela decrepitude. Posso estar a ser extremamente arrogante ao dizer isto, mas é assim que penso. O Benfica merece jogar nos melhores palcos e nas melhores condições possíveis.

É evidente que depois há a treta "ah, mas é igual para as duas equipas". Não é. Infelizmente para o Benfica não é. A UEFA gosta de nos fazer crer que é, mas não é. A outra equipa está habituada às temperaturas, logo o organismo adapta-se mais facilmente e responde melhor, e também ao terreno de jogo. Eu comparo isto às fases de qualificação para o mundial das equipas sul-americanas. Vejamos a Bolívia... Uma equipa que fora de casa é regularmente goleada mas que no seu estádio, onde o ar é quase rarefeito, consegue bater-se taco a taco com Argentina, Brasil e outras selecções muito mais fortes. E aqui também se pode afirmar "ah, mas é igual para as duas equipas". Pode, mas é parvo. Porque não é. Porque de um lado estão indivíduos habituados a respirar naquelas condições e do outro temos jogadores normais, que fazem dois ou três sprints ali e ficam com os bofes de fora. O caso não foi tão grave em São Petersburgo mas as condições climatéricas tiveram influência, dado que, e repito, uma das equipas está habituada a elas e a outra não. E isto para mim é injusto.

Portanto, os jogadores do Benfica hoje foram uns guerreiros. Todos, sem excepção. E estou plenamente confiante de que na Luz o Zenit vai ser facilmente ultrapassado. Porque não tem futebol para o Benfica. Jogam bem, sim senhor, são organizados, mas não têm futebol para nós. Estão a léguas. Na Luz, sem frio polar, com relva, vamos vencer. Por dois, por três, o que seja. E o calor insuportável que os russos vão sentir, e que os deixará incomodados, virá das bancadas. Mas esse é leal. É justo. Faz parte do jogo.

Falecer com estilo

Isto pode parecer doentio, mas eu gostava tanto que o Bruno Alves se metesse numa negociata qualquer com a máfia russa e aparecesse cortado às postas na mala de um Lada velhinho...

Espetar a bandeira do Benfica num campo gelado



Sob os espíritos de Cosme Damião e Roald Amundsen.

Chapeau!

Não sei se será por ser doutorado em Psicologia Médica ou por ser simplesmente um homem inteligente e perspicaz (talvez um misto de ambas), mas o que é certo é que Júlio Machado Vaz é, desde há alguns anos, o único comentador benfiquista presente em programas sobre futebol que consegue a proeza de domesticar os dois doentes mentais afectos a outros clubes e ainda o jornalista que conduz o programa. A forma como os conduz para onde quer, mantendo sempre uma voz calma e afável, sem se exaltar, é de tal forma bela que às vezes só lhes falta irem comer-lhe à mão. Beber, no caso de Rui Oliveira e Costa.

Era bom de mais

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Estava agora a ver a chegada do zbordin ao aeroporto e pensei que eles tinham finalmente decidido abandonar Portugal e procurar um país com um campeonato mais de acordo com a sua valia, como por exemplo, sei lá, as Comores ou o Djibouti.

Mas afinal vão só ali à Polónia e já voltam. Parece que ainda estão nas competições europeias.

Está fresquinho

Em véspera de jogo do Benfica, normalmente discute-se a táctica do adversário, os melhores jogadores, os pontos mais fracos, etc. Mas para o jogo contra o Zenit dou por mim a preocupar-me com temáticas tão curiosas como a vasoconstrição cerebral, a redução da frequência cardíaca ou as arritmias.

Dizem-me que o Shirokov é um indivíduo a ter em conta. Mas o que dizer da eritrocianose? Ninguém se preocupa com isso? E parece que o Kerzhakov é muito perigoso. Sim, não o nego. Mas não o será também a hipovolemia? Há ainda o risco de ver o animal do Bruno Alves partir a tíbia a um jogador do Benfica, pois há. Mas não nos podemos esquecer do historicamente famoso pé-de-trincheira.

Enfim, tudo uma panóplia de coisas bonitas que podem acontecer. Por via das dúvidas, talvez fosse razoável abdicar de jogadores no banco, sob risco de se transformarem em blocos de gelo, e colocar no seu lugar uma boa equipa de médicos.

E agora algo de verdadeiramente importante

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Ontem Pablo Aimar assinou por Nós. O mais nobre, digno e brilhante número 10 do Benfica de que me lembro – da minha história do Benfica, portanto –, aceitou privilegiar-nos a todos com o seu charme de bola e honrar-se a si mesmo com aquele Símbolo no peito por mais um ano. A minha felicidade foi genuína e comovida. Hoje, pensava em Aimar. Em como transmiti-lo aos meus filhos e aos meus netos. Em como garantir que os meus bisnetos o saibam de cor, como assegurar-me de que os meus trisnetos recordam como recebia uma bola lançada a 60 metros. Queria prometer a toda a minha descendência: “vocês vão saber quem foi Pablo Aimar, o que fazia e como o fazia”. Escrever-lhe uma história digna e perene. É o mínimo que posso fazer por ele e pelos meus que estão por vir.

Não quero que Aimar seja, daqui a 30 ou 40 ou 80 anos, uma pequena compilação de dados e factos e números e datas. Não quero que Pablito seja dez páginas de anotações numa sebenta, dez linhas discutíveis nem artigo da Wikipédia. Quero que ele seja história, com todos os detalhes a que um mito, uma lenda, tem direito.

Então, ocorreu-me uma ideia, provavelmente infantil, seguramente megalómana: criar uma história popular de Pablo Aimar. O plano, para quem o aceitar, é simples: escrever um texto sob o lema “o meu Pablito” ou, se preferirem e tiverem algum pudor, “como eu vejo Pablo Aimar”. Depois, juntávamos todos os textos…


Palavras do Diego Armés há uns dias atrás, que entretanto ganharam corpo e já há um contacto para onde podem enviar os vossos textos sobre Aimar: pablopablitoaimar10@gmail.com

Participem. Fica a promessa de que, no final, o livro será entregue em mãos ao próprio Aimar. Com lágrimas de emoção à mistura.

Sá Pinto, a nova estrela das casas de apostas

As casas de apostas online irão rapidamente introduzir a questão "Com qual dos jogadores do zbordin irá primeiramente andar à porrada o novo treinador Sá Pinto?"

A odd para qualquer jogador do zbordin será de apenas 1,05, já que a probabilidade de Sá Pinto andar à porrada com todos ao mesmo tempo, tornando assim impossível determinar quem foi o primeiro a comer na tromba, é altíssima.

Exaltação? Não. Revolta!


Pelo Facebook circulava ontem esta imagem, penso que será efectivamente real, apesar de não ter o jogo e portanto não poder confirmar a veracidade - algo que nos dias que correm é absolutamente necessário.

Vi inúmeras exaltações de regozijo. A mim gerou o efeito contrário.

A ser verdade a sua presença no jogo, é absolutamente lamentável que programadores tenham tido esta ideia. Estes jogos servem para exaltar o jogo e os seus lados positivos, não isto. Até a lógica compreensível de trazer "a realidade" à simulação falha, porque este tipo de faixas deixou, há muito, de fazer parte do portfólio das nossas claques (quer mensagens, quer cânticos já raramente se vêem com estas características).

Não deixa de ser vergonhoso (mais uma vez reforço, a ser verdade) que estas questões laterais possam ter exposição e influência directa em miúdos de meia dúzia de anos de idade que jogam futebol na consola...


Como o futebol pode ser extraordinariamente ingrato


O nosso Oblak não merecia o factor "Rui Silva".

Num lar não Benfiquista perto de si

domingo, 12 de fevereiro de 2012

11|02|2012, mais ou menos pelas 21:20...

Filho: Pai, estavas a dizer para não ver o jogo, mas olha que...
Pai: Sim, eu disse-te que não valia a pena ver. O que foi?

F: Porra pai, acho que nunca tinha visto futebol assim...
P: Mas assim como? Então não vamos ao estádio de 15 em 15 dias?

F: Não tem nada a ver... Sei lá, uma mistura de playstation com bailado. Uma sinfonia em crescendo apoteótico desde a área do Benfica até à baliza do Nacional... Uma e outra e ainda outra vez... Porra...
P: ... É... está a ser um bom jogo...

F: Acho que vou gravar a 2ª parte...
P: ...

F: Pai... Porque é que somos do _______?
P: Antigamente, o avô levava-me ao estádio e eu acabei por ficar a gostar do clube, sem razão objectiva. Acho que aconteceu o mesmo contigo... É amor...

F: Ah... Foi pena...
P: Pena?

F: É muito difícil amar quando não se gosta do que se vê, Pai.
P: ...

F: Pai?
P: Sim, filho...

F: Estás a chorar?
P: Não...Entrou-me uma coisa para o olho...

BENFICA 4 - 1 Nacional

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Grande jogo do Benfica, principalmente na primeira parte. Momentos de pura magia e entendimento fantástico entre os jogadores.
O público esteve com a equipa e a equipa retribuiu.
Há que arranjar alternativa a Maxi. Encostar o Witsel à lateral é um crime...
O senhor do apito tentou...mas não deu.


Artur Moraes - seguro quando chamado a intervir. Adivinhou o lado no penalti, mas não foi suficiente.

Emerson - claramente o elo mais fraco. Muito inseguro na transição atacante. Candeias demonstrou bem a sua lentidão...

Luisão - bem no jogo aéreo. Menos interventivo, curiosamente.

Garay - jogo enorme. Cortou tudo o que havia para cortar. Dobrou Emerson e Luisão. Marcou de cabeça o primeiro. Fez alguns passes longos de que tanto gosta, sem falhar um...

Witsel - não é defesa. Como é normal, não se mostrou adaptado nem à vontade naquela posição. Jesus poupou-o a uma exibição pobre, fazendo entrar Miguel Victor para a lateral e fazendo-o regressar ao miolo. Aí mostrou a sua óptima técnica, remate e qualidade de passe.

Matic - muito bom jogo. Bem nas dobras a Witsel. Muitos cortes no meio-campo.

Aimar - na primeira parte, abriu o livro e, quando o faz, é uma delícia vê-lo jogar. Fantástico a conservar a bola, a cavar faltas e a fazer jogar. Podia ter marcado... Saiu cedo, porque há liga dos campeões.

Gaitan - o melhor jogo dos últimos dois meses. Finalmente. Não complicou e assistiu Cardozo para o golo. Na segunda parte, tornou-se mais individualista e perdeu a bola várias vezes. Podia ter ajudado mais Witsel a defender.

Nolito - não marcou mas deu a marcar a Rodrigo. Mais um bom jogo do espanhol.

Rodrigo - FABULOSO. Mais dois para o saco. Fintou o guarda-redes no primeiro e inventou espaço para o segundo. Podia ter marcado o terceiro, mas adiantou a bola em demasia na finta. Podia ter arriscado o remate. Subam a cláusula JÁ.

Cardozo - lutador e algumas vezes trapalhão. Marcou um e podia ter marcado mais. Falhou o penalti que dava o 5-1. Quando tenta meter em jeito, costuma dar asneira... e deu. Vai levar nas orelhas da sua fã n.º 1, que escreve no Record...

Miguel Victor - entrou para a lateral direita, com garra. Muito lutador. Mostra que pode jogar ali.

Bruno César - apesar de entrar fresco, a bola continuou a girar mais para o lado esquerdo do ataque.

Nélson Oliveira - sem tempo para rematar, ajudou, no entanto, a manter os defesas adversários em sentido.

Sanador

Hoje, enquanto jantava e via o telejornal, passou a deliciosa história de uma menina italiana que estava em coma há duas semanas. A menina é adepta da Juventus e Del Piero é o seu maior ídolo. O pai entrou em contacto com o craque, que prontamente gravou um vídeo a desejar as rápidas melhoras da menina e a dizer que gostava de a conhecer. O pai reproduziu o vídeo aos ouvidos da filha e, nessa mesma noite, a menina mexeu os dedos e pouco depois acordou.

Emocionei-me e, muito sério, anunciei aos presentes: Se algum dia me acontecer alguma coisa de semelhante, por favor contactem Pablo Aimar. Ele fará o que mais ninguém esteja a conseguir.

Riram-se. Tiveram a coragem de se rir de mim. De mim e de Pablo... Ímpios! Não perceberam o quão sério eu falei.

Ir para a Luz mais cedo

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Amanhã na Luz há voleibol às 16h e hóquei às 18h30m. De borla para sócios. Tentem ir apoiar pelo menos uma destas modalidades. De borla para sócios. Ou as duas, se possível. De borla para sócios.

É de borla para sócios, não sei se já tinha referido isto.

Ás de trunfo

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

O timing do anúncio da renovação contratual de um "monstro" como Pablo Aimar é um exemplo brilhante da forma como deve ser gerido um clube que anda diariamente na boca de meio mundo e em relação ao qual tudo é analisado até ao nível subatómico.

Assim, amanhã Pablo Aimar estará em todas as capas de jornal. E tudo o resto passa para segundo plano.

A noite mais surreal da tua vida - parte II

É com alguma surpresa que vês os empregados encaminharem os convidados para o andar de cima da casa. Sobes uma escadaria de mármore em forma de caracol e deparas-te com um longo corredor. Algumas pessoas deambulam por ali enquanto conversam e outras vão entrando para divisões cujo interior ainda não consegues ver. Avanças. Olhas para a tua esquerda e vês um quarto, olhas para a tua direita e vês um pequeno escritório. Confuso, prossegues. Mais quartos. Em todos já se encontram alguns convivas. Olhas para a gaja em busca de auxílio e ela encolhe os ombros, num misto de espanto e ignorância. Entretanto, para complicar mais a situação, perdeste o teu colega de vista. Continuas a andar pelo corredor, esperançado em encontrar uma sala com uma mesa e cadeiras. Aliás, já nem pedes cadeiras. Neste momento basta-te uma mesa com comida para te sentires aliviado. Sem dar por tal, chegas ao fundo do corredor e estás de frente para a maior divisão que viste neste piso. Desesperado, entras. Outro quarto? Voltas-te para sair dali e dás de caras com o cônsul. “Entre, entre.” Fazes um sorriso perfeitamente idiota e entras. Há pessoas sentadas em sofás, em cadeiras e inclusive numa cama enorme que domina toda a divisão. Cada vez compreendes menos e um pingo de suor frio escorrega-te pela nuca. É imperativo que te sentes imediatamente, pois não vês ninguém de pé. Mas não há cadeiras nem sofás livres. Só a cama… Talvez o cônsul tenha pressentido o teu desconforto, já que se aproxima de ti e, apontando para um dos cantos da cama onde não está ninguém, diz “Sentem-se ali. Fiquem à vontade.” Obedeces e a gaja imita-te. Olhas em teu redor e uma leve suspeita começa a formar-se. Abre-se uma porta. É a casa-de-banho e de lá sai Jean-Lucq. A suspeita adensa-se. Será que isto é o quarto do cônsul? Mais um pingo na nuca. “O que é que se está aqui a passar?”, perguntas em surdina à gaja. “Não faço a menor ideia”. Ouves alguma agitação no corredor e vislumbras empregados a andarem para trás e para a frente. O cônsul pede desculpa e informa que não vos fará companhia pois já passa demasiado tempo naquele quarto. Sim, estou no quarto do cônsul. Outro pingo. As pessoas sorriem a acenam com a cabeça. O cônsul e Jean-Lucq retiram-se. Vamos ser aqui fechados e sodomizados pelo batalhão de vietcongs. E nem o Chuck Norris nem o Charles Bronson estão no quarto. Por descargo de consciência, olhas de novo à tua volta. Não estão mesmo. Já suas debaixo dos braços. Dois empregados entram no quarto, transportando tabuleiros. Aproximam-se das pessoas para estas retirarem uns estranhos objectos em forma de pirâmide dos tabuleiros. Chega a tua vez. Pegas num. Está quente, mas não queima. Cada um já tem o seu e os empregados saem. Aguardas pelo passo seguinte. As pessoas retiram o topo da pirâmide e levam a base à boca, como se aquilo fosse a coisa mais natural do mundo. Sentes-te profundamente idiota e fazes o mesmo. É uma espécie qualquer de sopa. Menos mal. Entretanto, duas senhoras perto de ti comentam em inglês sobre como as festas do cônsul são sempre fantásticas e que esta ideia de servir o jantar pelas várias divisões da casa agora é moda na alta sociedade londrina, parisiense e nova-iorquina. Suspiras de alívio. Não és prisioneiro. Não vais ser enrabado. É só um jantar. Mas, ainda assim, sentes algum desconforto por estares a comer na cama onde o cônsul, por sua vez, come o pacote de Jean-Lucq. Ou vice-versa. Ou e vice-versa. Consultas o telemóvel. Ainda falta bastante. O teu eu benfiquista nunca mais apareceu, portanto está tudo sob controlo. Perguntas à gaja se ouviu o que as mulheres disseram. Ela responde que sim e ambos riem. Consegues finalmente estar despreocupadamente à conversa com ela. É simpática, é divertida e é boa. Mas esta última parte já sabias. Entram mais empregados. Uns recolhem os copos piramidais e outros servem o prato seguinte. Escargot. Foda-se! Da última vez que comeste esta merda num restaurante, o bicharoco saiu disparado da concha e acabaste a ir pedir desculpa a um tipo noutra mesa, como nos filmes. Olhas derrotado para o prato que te colocaram nas mãos e decides que não vais comer. A gaja pergunta-te isso mesmo, “Então, não comes?”. Respondes a triste verdade, “Não sei comer isto”. Ela sorri e, com perícia, retira um caracol da concha com o garfo e dá-to à boca. A consistência é a nojice de que te recordas mas está bem temperado e o sabor é bastante agradável. A gaja vai esvaziando as conchas de ambos os pratos e continua a dar-te comida à boca. “Pareces um bebé”. Em resposta quase te escapa um comentário profundamente badalhoco mas emendas a tempo para um suave “Então daqui a bocado tens que me ir deitar”. Ela ri-se. O teu eu Casanova reaparece com a boca inchada do murro que levou e, discretamente, aplaude. Chega o próximo prato. Já estás preparado para tudo mas desta vez é uma carne qualquer com arroz e vegetais. Por ti até pode ser macaco mas tem um aspecto perfeitamente normal. Comes. É bom. Conversas mais um bocado com a gaja até que os empregados vêm recolher o prato e anunciar que a sobremesa será servida no andar de baixo. Juntas-te à manada para atravessar o corredor e descer as escadas. Vês o teu colega a sair de uma divisão com o braço por cima de uma gaja. Por breves instantes pensas fazer o mesmo à que está ao teu lado. Calma, ainda não. Em vez disso levas a mão ao bolso de dentro do casaco e tiras o telemóvel. “Então, já estão a jogar?”, pergunta a gaja. Se estivessem a jogar eu não estava aqui, não achas? “Não, é daqui a três horas e pico”. Chegam finalmente ao salão do piso térreo onde já tinhas estado e reparas que os vários sofás e cadeiras foram encostados às paredes, deixando um imenso espaço vazio no centro. Desta vez não esperas para ver o que os outros vão fazer. Agarras na mão da gaja e diriges-te para um sofá de dois lugares. Sentas-te, triunfante. As outras pessoas fazem o mesmo. Quando está tudo sentado as luzes apagam-se e um empregado entra no salão a empurrar um carrinho com um bolo de aniversário gigante. Eclode uma cacofonia de “Parabéns a você” nas mais diversas línguas. Não sabes de quem se trata mas cantas também. Jean-Lucq ergue-se para agradecer e aproxima-se do bolo para apagar as velas. As luzes são reacendidas. O bolo é cortado e servido, acompanhado por champanhe. O champanhe é de tal forma maravilhoso que bebes vários copos. A gaja também. Estás contente e aliviado por a noite estar finalmente a correr bem, depois daquele princípio mais atribulado. O cônsul dirige-se ao centro do salão e pede um pouco de silêncio. Anuncia então que Jean-Lucq tem uma surpresa preparada para os convidados. Os teus olhos procuram instintivamente Jean-Lucq, sem sucesso. Mau… O que irá sair daqui? O cônsul sai de cena e, timidamente, começa a ouvir-se música clássica. Jean-Lucq entra no salão em tronco nu e com uns collants tão apertados que a sua zona púbica ganha um relevo que preferias não ver.

Continua...

Não insistam mais neste tema, por favor

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Para quem ainda tinha dúvidas sobre a questão, penso que hoje ficou bem claro que o Pedro Proença não é adepto do Benfica.

Com a saúde não se brinca

Gostaria de deixar aqui os meus votos de melhoras para a mãe do Enzo Pérez, e que a senhora tenha uma recuperação tão rápida quanto a do filho do Anderson (o tal que tinha mesmo que sair do Benfica e regressar ao Brasil porque o único médico do mundo que poderia salvar o menino estava lá, mas que afinal foi para o Lyon).

Num outro apontamento, gostaria ainda de acrescentar que o Enzo Pérez é o maior pedaço de excremento que já passou pelo Benfica nos últimos tempos.

A próxima já está marcada

Pelo que percebi da entrevista de hoje ao presidente Vieira, haverá nova entrevista na RTP no dia 18 de Maio de 2012. Aguardo ansiosamente.

E a velha que não morre...

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Desenvolvi o fetiche mórbido de ler Marta Rebelo (gosto desta expressão, "ler Marta Rebelo") e transcrever para aqui as suas dissertações sobre o Benfica. Vejamos um excerto da última "crónica":

É quase criminoso que um atacante como o Nélson Oliveira fique de fora, a mais das vezes, dos planos de Jesus. Mas a concorrência é forte, Rodrigo é uma gazela real e Cardozo vai marcando. O Nélson tem a velocidade, a técnica, a inteligência, a visão de jogo e a frieza finalizadora de um grande. Aos 13’ marcou e muito bem, aos 71’ serviu Gaitán na linha e este lançou Rodrigo para o golo. E depois veio outro, do Rodrigo. Teriam sido dois golos para cada miúdo, não estivesse o Nolito numa noite de triste egoísmo: roubou um golo ao Nélson e tirou ao Cardozo a hipótese dos 200 golos de carreira. Já imaginaram o ataque do Benfica com dois jogadores de génio e velocidade como o Rodrigo e o Nélson Oliveira?

Gosto particularmente do desprezo e sobranceria com que Marta Rebelo deixa escapar, contrafeita, "e Cardozo vai marcando". Um pouco como uma amiga que pergunta a outra "Olha lá, a tua sogra ainda vive com vocês? Ela anda bem de saúde?" e a outra responde, algo desanimada, "Pois, lá vai andando", quando no fundo está a pensar "Puta da velha que nunca mais morre". Assim é com Marta Rebelo, "e Cardozo vai marcando", quando no fundo ela pensa "Grande cabrão que nunca mais pára de marcar golos para eu ter razão. Mas por que é que o gajo não se aleija? Espero que seja despachado no final da época. Não o suporto. Hiiiiiiiii! Já estou irritadíssima. Este tipo tira-me do sério. Calma, Marta, respira. Calma. Pronto, tarde de mais. Já fiz sangue. Ah, afinal é só o período que apareceu." Custa-lhe admitir tal facto, nota-se a léguas. No entanto, é uma evidência tão forte que, por mais que ela queira, não a consegue negar nem mesmo chutar para canto. Porque os golos estão lá.

Resumindo: Rodrigo é uma gazela real. É. E Cardozo vai marcando. Vai. E Marta Rebelo devia dedicar mais tempo à vida política. Deitada.

Saber receber

In preparation for the upcoming Zenit — Benfica showdown in St. Petersburg on February 15th, we've produced a Portuguese-language guide to the city of St. Petersburg.

Muito bom, o guia elaborado pelo Zenit para receber adeptos (do Benfica, em particular). Podem espreitar aqui. Isto faz lembrar o futebol dos anos 60 e 70, em que, nos jogos europeus, era normal os clubes publicarem esta espécie de guias em jeito de boas-vindas aos adeptos do clube adversário. O Benfica podia aproveitar para começar a copiar este género de iniciativa, já que isso traria ainda mais reconhecimento ao clube e à cidade de Lisboa.

Aproveito para recordar um documento fantástico que o Luís Rosário já tinha publicado há uns tempos aqui no blog, e que mostra bem o peso que o Benfica já tinha lá fora.

Emervila

Ontem, comparando os dois laterais esquerdos que têm jogado mais vezes, ouvi Jesus dizer que Emerson tinha uma intensidade de jogo mais alta e que Capdevila era mais forte no capítulo do passe. Jesus acrescentou ainda que iria sempre escolher o titular tendo em conta o adversário e também aquilo que o atleta pudesse dar à equipa naquele momento específico.

É pena não podermos ter o melhor de dois mundos. Um jogador com a capacidade técnica e sentido posicional do Capdevila e também com a potência física e resistência do Emerson. Um Caperson ou um Emervila, portanto.

A velhice é um posto. Mas só em alguns casos

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Este fim-de-semana estive em Coimbra e fui à Casa do Benfica tratar de uns bilhetes. Reparei num papel na porta que informava que a Casa iria brevemente mudar de instalações. Naturalmente, quando entrei perguntei o motivo de tal mudança, já que a Casa se encontra naquele local há cerca de seis anos (talvez um pouco mais ou um pouco menos, não tenho a certeza). Informaram-me de que estava a haver problemas com uma licença para ter uma pequena esplanada e servir refeições, e que a Câmara Municipal já os tinha multado algumas vezes, tendo a última chegado aos 500 euros. Sendo que uma importante fonte de receitas de uma Casa do Benfica são as refeições servidas, é evidente que não iriam aguentar ali por muito mais tempo e, ainda por cima, com as multas a situação estava a ficar realmente insustentável.

Perguntei se não tinham tentado falar com a Câmara para resolver a situação. Tinham. A Câmara tinha-lhes comunicado que para a licença ficar regularizada teriam que ter a aprovação do condomínio do prédio onde a Casa se encontra. Mas não seria uma aprovação normal por maioria dos condóminos; teria que ser de 100%. A administração do condomínio convocou uma reunião e, num prédio com cerca de 40 apartamentos, duas pessoas recusaram. Ainda as tentaram demover durante a reunião, mas não cederam nem apresentaram uma explicação para tal. Não queriam, não queriam e não queriam. E assim a Casa do Benfica de Coimbra teve mesmo que procurar novo poiso, sendo que o novo local já tem as licenças todas que necessita para abrir portas.

Ora como antes de eu vir para Lisboa vivi precisamente naquele prédio em Coimbra, perguntei se me sabiam dizer quem eram os dois ilustres senhores responsáveis pela saída da Casa daquele local. Disseram-me que um deles é um senhor reformado que costuma passar muito tempo na garagem a fazer uns trabalhos em madeira e que o outro é um senhor muito forte (no fundo, uma maneira educada de dizer que é um gordalhão). O tipo que tem a mania que é marceneiro sei quem é, o gordalhão não tenho a certeza porque quando eu lá morava havia dois. Lamentei a situação, lá me deram os bilhetes e fui embora.

Passadas umas horas voltei a passar por ali e reparei que a porta que dá acesso às garagens estava aberta e lá estava o homem de volta das suas peças de madeira. Parei o carro e fui ter com ele. “Boa tarde, posso saber por que é que votou contra a licença da Casa do Benfica?” O homem ficou a olhar para mim com espanto e entretanto deve ter-me reconhecido porque respondeu “Tivesse ido à reunião”. “Por acaso gostava de ter ido mas, como deve saber, já não moro aqui há vários anos”, respondi. “Então se já não mora isto não lhe interessa”. “Interessa-me no sentido de perceber por que motivo o facto de uma Casa do Benfica servir refeições o incomoda assim tanto”. “Porque sim”. “Vai-me desculpar mas isso é resposta de criança”, disse eu. Seguiu-se um indignado monólogo mais ou menos longo sobre como a velhice é um posto e como a juventude não tem educação nem respeito pelos mais velhos, ao que eu retorqui “O respeito ganha-se com actos, não com idade. Mas ainda não me explicou por que votou contra”. Finalmente, o homem rebenta “Porque eu não quero cá Benficas no prédio”. Estava mesmo à espera de uma destas. “Muito bem, está no seu direito. Mas olhe uma coisa, sabe que isso que o senhor faz na garagem é ilegal, não sabe? Uma garagem de um prédio não pode ser utilizada como oficina. É certo que isso não incomoda ninguém, mas já viu se alguma pessoa mesquinha que não faça nada da vida fosse fazer queixa de si e depois levasse uma multa da Câmara?”

Agora falta o gordalhão.

Ver o que mais ninguém vê

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Teoriza Joaquim (ir)Rita sobre a ligeira demora no início da segunda parte:

Pode haver aqui alguma estratégia do Benfica no sentido de deixar os jogadores do Marítimo ao frio.

Será que o Joaquim, passados uns minutos de afirmar tal coisa, pensa "porra, como é que eu disse uma barbaridade destas?" ou "realmente eu tenho uns comentários muito perspicazes, percebo mesmo disto".

Não dá

Quando a melhor exibição dos últimos tempos que me lembro de ver o Benfica fazer no pavilhão do foculporto não dá para ganhar...

Enquanto houver árbitros familiares e/ou funcionários de empresas de dirigentes do foculporto, o Benfica não vai conseguir ser campeão nacional de hóquei. E não adianta argumentar com a conversa de jogadores e treinador.

Nobel dos empresários de jogadores

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Manuel García Quillon. Poderia perfeitamente ser um nome de um famoso escritor espanhol ou sul-americano. Mas não. É o empresário de Javi García. Desconheço o seu jeito para a prosa mas gosto de ler o que ele diz. Não sabe de propostas nenhumas pelo Javi; diz que o Javi está num grande clube; e que o Javi está disponível para renovar e que isso seria bom para ambas as partes; e que o Javi adora o Benfica.

E o Benfica adora o Javi. E eu adoro o Manuel García Quillon.

A noite mais surreal da tua vida

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Aproximas-te do portão onde um empregado vai recebendo as pessoas. Chegada a tua vez, mostras o convite. O empregado faz-te sinal para que entres. Transpões o imenso portão metálico e atravessas uma luxuriante floresta tropical em ponto pequeno salpicada, aqui e ali, por algumas estátuas de estilo grego. Ao pé de uma delas está um empregado que, quando te vê, se aproxima com um tabuleiro na mão. Agarras num copo e cheiras. Martini, pode ser. Agradeces ao rapaz com um “thank you” e um aceno de cabeça. Continuas a seguir o trilho e a vegetação torna-se tão cerrada que imaginas que a qualquer momento pode aparecer um batalhão de vietcongs para te limpar o sebo. Bebes o Martini de um trago e rezas para que, caso isso aconteça, o Chuck Norris ou o Charles Bronson (os dois, se possível) estejam por perto para te safarem a pele. O trilho faz uma curva apertada e, por fim, vês a casa. Casa não será propriamente o termo correcto. Será, talvez, um palácio. Algumas pessoas, em grupos pequenos, vão conversando no pátio exterior. Não conheces ninguém, portanto entras. Um empregado pergunta-te, em inglês, se pode ficar com o teu casaco. “No, thank you.” Já estás ali há tempo suficiente para saber que as noites ficam frias e, mais importante do que isso, no bolso de dentro está o telemóvel que te permitirá ir acompanhando o jogo do Benfica, isto caso o jantar se prolongue até mais tarde. A época está a ser desastrosa mas este gajo novo, um tal de Mourinho, está a conseguir pôr os jogadores a correr. Já não é mau. Dois empregados caminham na tua direcção, um com comes e outro com bebes. Os comes têm um aspecto estranhíssimo e não te apetece estar a perguntar o que é aquilo, portanto passas para os bebes. Aqui sim, perguntas o que é. “Bloody Cab”, responde o empregado e, perante o teu olhar de ignorância, rapidamente acrescenta “It’s like a Bloody Mary but with Cabernet Sauvignon instead of vodka”. Cabernet? Trata-se bem, o cônsul, pensas, enquanto provas. Isto é óptimo! Tens vontade de pegar já noutro para o caminho mas lembras-te de que não estás na Queima das Fitas. E também não estás na Luz. Dá-te a nostalgia e bebes mais um gole. E outro. E, de repente, o Bloody Cab desapareceu. Afinal sempre levas outro. Sorris para o empregado e encolhes os ombros, como quem diz “isto é muito bom, pá, tenho que beber outro”. Ele devolve-te o sorriso e afasta-se para atender outras pessoas. Passas para um salão onde estarão cerca de cinquenta convivas. Procuras, desesperado, uma cara conhecida onde te refugiar dos olhares que se centram em ti. Ao fundo descobres um colega de trabalho e é para aí que te encaminhas apressadamente quando uma mão no ombro te intercepta e obriga a parar. É o cônsul. Está contente por teres vindo e pergunta-te se estás a gostar da estadia no país. Respondes que sim e que te sentes bastante honrado com o convite. Ele returque qualquer coisa de amável que te obriga a seguir-lhe o exemplo. Por fim, a dança de cortesia acaba e podes finalmente seguir o teu caminho. Mas o teu colega já não está onde o viste da primeira vez. Merda... Olhas para o copo e reparas que o segundo Cab já foi. Precisas de uma bebida na mão com urgência. Um copo cheio é o melhor amigo de quem está sozinho numa festa. Sem bebida na mão não passas de um totó que por ali anda perdido, aos caídos. Mas com um copo vazio na mão o panorama não é mais agradável, já que passas de totó para bêbado incorrigível, o gajo que nas festas não fala com ninguém porque está sempre a emborcar álcool pela goela abaixo. Porém, com um copo com algo lá dentro tudo se transforma, pois tornas-te automaticamente no gajo cheio de estilo que está sozinho por opção e que só fala com quem ele julga digno dessa graça. Não te resta outra opção se não pousar imediatamente o copo vazio numa mesa e partir em busca de um empregado. É isso que fazes, sem sucesso. Ali não há empregados. Sais do salão pela porta oposta à que entraste e sentes uma alegria sem fim. Um bar. E o teu colega. E gajas. Quer dizer, a alegria não é necessariamente por esta ordem. E gajas. Um bar. E o teu colega. Assim está melhor. O teu colega acena-te para que te juntes a ele e a mais umas gajas. Fazes-lhe sinal que primeiro vais ao bar pois não queres ignorar a lei mais sagrada das festas: a lei do copo com bebida na mão. Pedes um rum velho com duas pedras de gelo. Sem Coca-Cola. À homem. Cuba Livre é coisa de puto. Chegas finalmente ao pé do teu colega, que imediatamente te apresenta a quatro gajas. Portuguesas. Duas boas e duas mais ou menos. Como é evidente, diriges a maior parte da tua atenção para as duas gajas mais ou menos. "Há que saber plantar para depois colher" e "não se deve ir com muita sede ao pote", dois belíssimos ensinamentos do teu padrinho de faculdade em relação a gajas, que gostas de cumprir à risca. Portanto, as duas gajas boas podem esperar. Falas com as outras durante um bocado (ao mesmo tempo que vais escolhendo qual das gajas boas preferes) e ficas a saber que chegaram há duas semanas e que estão a gostar bastante. Tu já lá estás há um mês e, cavalheiro, ofereces-te para ajudar no que for preciso. Elas pedem conselhos sobre restaurantes. Indicas três ou quatro a visitar sem falta e seis ou sete a evitar sob pena de risco de intoxicação alimentar. Pedes desculpa e informas que vais ao bar reabastecer. Mais um rum, para já não queres fazer mais misturas de estômago vazio. Espreitas o telemóvel. Ainda falta muito para o jogo começar mas já estás nervoso, como habitualmente. Ao teu lado está um gajo novo de camisa muito justa, cabelo pelos ombros e com bigode e barbicha à D'Artagnan. Que ar de roto…, observa o ser preconceituoso que há em ti. Regressas ao grupo e desta vez colocas-te ao lado da gaja boa com quem engraçaste. Mas não falas com ela. Falas com o teu colega. Ele diz-te quem são algumas pessoas que andam por ali. Perguntas quem é o gajo abichanado que estava ao teu lado no bar. Ele olha e diz-te que é o Jean-Lucq, namorado do cônsul. O ser preconceituoso que há em ti admite que é, de facto, preconceituoso mas que não é parvo. Entretanto a gaja boa toca-te ao de leve no braço. Obrigado, padrinho. Pergunta-te o que estás a beber. Respondes e perguntas se quer que lhe vás buscar um. “Não, obrigado. Para já estou bem assim.” Está no país há quatro meses mas ainda não a tinhas visto porque há cerca de um mês teve que regressar a Portugal em trabalho. Entretanto vai-te contando o que faz, onde mora, como veio aqui parar, etc. Não resistes e voltas a mexer no telemóvel. Por mais que tenhas consciência de que ainda falta imenso tempo para o jogo começar, a única forma de te manteres calmo é saber precisamente quantas horas e minutos faltam. Como não poderia deixar de ser, a gaja detecta a tua apreensão. “O que foi? Estás preocupado com alguma coisa?” Nesse momento surge na tua cabeça o teu eu Casanova, bem vestido, perfumado e com um copo de vinho na mão. Avisa-te calmamente para não dizeres à gaja que estás assim por causa do Benfica, se não corres o risco de estragar tudo. Enquanto te debates com essa problemática e o teu eu Casanova bebe o vinho, surge também o teu eu benfiquista, de camisola do Benfica vestida, cachecol ao pescoço, bandeira numa mão e mini na outra. “Mas o que é está merda? Então mas vais renegar o Benfica por causa de uma gaja? Mas que raio de benfiquista és tu?” O teu eu Casanova tenta balbuciar algo mas o teu eu benfiquista espeta-lhe um selo nos dentes e um biqueiro nas nalgas e escorraça o pobre coitado para fora da tua mente. O teu eu benfiquista vira-se para ti, furioso. “Agora nós, palhaço. Ouve lá uma merda: vais dizer a essa vaca que o Benfica joga hoje e que estás assim porque gostavas de estar na Luz, percebeste?” Faz uma pausa para acabar a mini e arrotar violentamente na tua cara. Aliás, na tua cabeça. “Eu logo vi que esta treta de sair de Portugal ia dar merda. Mas tu prometeste que o Benfica nunca passaria para segundo plano. Eu não me esqueci disso, ouviste? Vá, podes regressar para essa conice de festa mas ai de ti que não estejas em frente a uma televisão à hora do jogo.” E afasta-se da tua mente, enquanto agita a bandeira no ar e grita, eufórico, “BENFICA! BENFICA! BENFICA! BENFICA!” Sentes-te envergonhado contigo próprio e dizes à gaja a verdade, que o Benfica joga hoje e sempre que isso acontece ficas ansioso. “Ai, os homens e o futebol...”, ela sorri. Entretanto, anunciam que o jantar vai ser servido.

Continua...

Reconhecimento em tons de azul-cueca

Parece que o pior Manchester United dos últimos 349 anos (mais do que aqueles que o próprio clube leva de vida) já apanhou o rival City no topo do campeonato inglês. É realmente um United muito, muito fraquinho, este que o Benfica ajudou a pontapear para fora da Champions. Na altura a imprensa só não escreveu literalmente que era uma equipa de merda porque parecia mal. E é bom deixar claro que só alcançaram o City porque esta é, também, uma equipa sem qualidade nenhuma. Claro que se esses coxos de azul-cueca eliminarem o foculporto da Liga Europa, passarão imediatamente a ser o melhor City dos últimos 3754 anos (antes de Cristo, portanto). Ora, quando isso acontecer, e o United liderar o campeonato, como é que alguém vai conseguir explicar que uma equipa de merda eliminada pelo Benfica está à frente de outra equipa que eliminou o grande foculporto?

Por falar em gajos que equipam de azul-cueca, temos o Zenit. Estes rapazes são, como bem sabemos, a melhor equipa russa dos últimos 75 000 000 anos (pleno Cretáceo, suponho) e só desta forma se explica que o valoroso foculporto tenha caído aos seus pés. Mas o que acontecerá se o Benfica os eliminar?

E é então assim que, com a conjugação de resultados de duas eliminatórias de provas distintas, o Benfica conseguirá obter algum reconhecimento interno por aquilo que tem feito lá fora. Não vejo outra forma. Apenas um azul-cueca poderá seguir em frente. O azul-cueca inglês. Ou árabe, consoante o ponto de vista.

Este país é realmente pequeno

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

A meio de uma discussão facebookiana sobre o local original de festejo das vitórias do Benfica:

Marquês, Restauradores... Mas o que é que isso interessa? Somos milhões e todos os sítios são poucos e pequenos, pá... Eu em dia de festejo de título perco sempre a noção de onde estou. Ainda há dois anos dei por mim a ser levado pela multidão logo à saída da Luz e, passadas umas horas, quando me lembrei de perguntar onde estava, uma velhota respondeu-me: "Ó menino, está em Freixo de Espada à Cinta."

Uma coisa assim só mesmo no Benfica

Ora bom, encerrado o mercado ficamos com: um gajo que veio do Braga e que não se tinha dado bem na experiência em Itália; um gajo que veio de uma má experiência em Itália; um gajo que parecia que não ia renovar porque já tinha tudo acertado com o foculporto; um gajo que foi chamado à pressa para tapar o buraco do gajo que fez birra; um gajo que pede sempre para sair nos inícios de época; um gajo que nem para suplente do Real servia e que tinha sido impingido no negócio do Coentrão; um gajo que é muito baixo para central; um gajo que é muito lento para central; um gajo que nem no Mirandense tem lugar; um gajo reformado; um gajo racista; um gajo que só tem altura e que foi impingido no negócio do David Luiz; um gajo violento cuja carreira se resumia a já ter partido a perna a dois desgraçados; um gajo gordo que está a ficar careca; um gajo que jogava na segunda divisão espanhola; um gajo que não quis voltar das férias de Natal; um gajo que parece que está em campo sob o efeito de Xanax; um gajo muito parecido com o Diego Armés; um gajo com a cabeça destroçada por anos e anos de zbordin; um gajo que ninguém conhecia de lado nenhum e que foi impingido no negócio do Di María; um gajo que desaprendeu de jogar à bola; um gajo tosco, lento, feio e que não festeja os golos com a mão no símbolo; um gajo que só ficou no plantel porque é português.

É, portanto, neste quadro desolador que seremos campeões.

Enzo Pérez vai hoje recuperar um clássico

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Mais contratações no foculporto

O FC Porto comprou o seu antigo e emblemático jogador argentino, Lucho González, ao Olympique de Marseille. Mas, ao que o IP apurou, as tentativas de recuperar a velha glória azul-e-branca não se ficam por aqui.

O FC Porto pretende ainda demolir o Estádio do Dragão e voltar a jogar no Estádio das Antas, onde tantos títulos conquistou, pretendendo ainda recuperar jogadores como o argelino Madjer e árbitros como o português Bruno Paixão. Para além disso, Pinto da Costa pretende ainda apresentar amanhã Carolina Salgado como sua nova namorada, após demoradas negociações com o actual companheiro dela, que recebe quase um milhão de euros e fica com a jovem brasileira que até aqui namorava com o presidente do FC Porto a título de empréstimo, com opção de compra ao fim de dois anos de relacionamento sentimental. Com estas duas contratações de última hora o FC Porto fecha os negócios da abertura de mercado, devendo Lucho González apresentar-se no Olival amanhã mesmo e Carolina Salgado apresentar-se no bar de alterne "Calor da Noite" quinta-feira à noite o mais tardar. Copiado daqui.

Estes gajos do Inimigo Público são geniais.

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