A imponência do Benfica

domingo, 11 de julho de 2010



A Capadócia, em pleno coração da Turquia, foi provavelmente a zona do globo com a paisagem mais extraterrestre que já vi. São quilómetros e quilómetros de rocha e mais rocha, e aqui e ali uma povoação. Alguns turcos vivem mesmo em casas feitas na própria pedra antes do nascimento de Cristo. Disseram-me eles que só dentro da pedra se suporta o calor infernal.

Mas os turcos disseram mais. Um deles, quando se apercebeu de que o grupo onde eu estava era português, disse: Portugal! Figo (o Ronaldo tinha acabado de chegar a Manchester e não era conhecido)! Benfica!

E eu fiquei ali uns segundos, meio aparvalhado, a sorrir para o homem e a perguntar-me como raio é que ele sabia da existência do Benfica. Nunca mais me esqueci daquilo. Porque uma coisa é irmos a Paris, a Madrid, a Macau, ao Brasil, etc, e saberem o que é o Benfica, outra coisa é estarmos literalmente no meio de um deserto de rocha e um ser humano virar-se para nós e dizer Benfica. Acreditem que isso bate forte. E eu que, perante a imponência da paisagem que me rodeava, já andava reduzido a um insecto, fiquei ainda mais esmagado perante a imponência do meu próprio clube.

Mas lembrei-me disto a propósito de quê? Quando li esta notícia e descobri que o Benfica está prestes a abrir uma Casa do Benfica na Namíbia. Bem sei que a Namíbia faz fronteira com Angola e tem uma comunidade portuguesa importante em Windhoek, a capital, mas mesmo assim... Estamos a falar da Namíbia, caramba! Ora experimentem dizer Casa do Benfica da Namíbia em voz alta. Também forte, não é? Quase podemos sentir a imponência do Benfica nestas palavras.

Mais nenhum clube no Mundo consegue isto, essa é que essa.

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