domingo, 1 de agosto de 2010
A tendência actual, não só do nosso clube, parece a aposta nos contratos de longa duração para a equipa de futebol aquando do início da relação entre as 2 partes.
O jogador chega, o seu perfil humano e comportamental não é dominado pelo clube, o seu desempenho desportivo é estimado mas incerto, e o clube apresenta-lhe um vínculo de 5 anos, arriscando-se a suportar, em caso de insucesso desportivo, o atleta nos seus quadros durante meia década.
Os benefícios actuais do contrato de longa duração não são existem para o clube:
- Se o jogador é mau, o clube tem de o suportar durante muito tempo.
- Se o jogador é bom, o clube não obtém benefício das questões salariais definidas no contrato, pois acaba, por pressão dos empresários, jogadores e do mercado, a rever as condições contratuais, aumentando o ordenado, duração de contrato e a cláusula de rescisão dos jogadores talento.
Como sabemos, novos treinadores trazem novas ideias e pedem novos jogadores, passando alguns jogadores de utilizados a dispensáveis (como foi Makukula, como será César Peixoto…).
No universo empresarial a entidade patronal tem sempre mais poder do que os seus funcionários. A empresa fica e os funcionários vão entrando e saindo.
Nos clubes, esta relação está neste momento desequilibrada em favor dos jogadores, o que não faz sentido, porque talentos há muitos e Sport Lisboa e Benfica só há um.
Não se vê efectivamente muito sentido nisto. Será que os clubes se habituaram a isto? Têm medo das saídas a custo zero? É fácil o clube defender-se desta vulnerabilidade...
Como se reequilibra a relação entre as partes?
- Contratos de 3 anos com mais 1 ou 2 de opção, accionáveis por parte do clube.
- Contratos com remuneração variável por objectivos
- Contrato com indemnização ao clube, se o jogador não for integrado no plantel, desde que o clube encontre uma solução de empréstimo que não é aceite pelo jogador.
6 comentários:
Muito interessantes este post, faz-nos também lembrar que contratações a custo zero, como o caso de Zoro, podem sair muito caras. De qualquer das maneiras, o método proposto acaba por ser semelhante ao que era efectuado nos anos 60 e 70, em que os prémios de jogo de um mês superavam o salário base. É interessante, mas hoje, com todos estes empresários e com estes modelos contratuais estabelecidos, é impossível implementar isto. Quanto à duração de contratos, é uma questão difícil. Por um lado era perfeito que tivéssemos assinado um contrato por 3 anos com Balboa, em vez de 5, por outro lado, se o contrato de Di Maria fosse por 3 anos, sairia a custo zero no final desta época se não tivesse renovado. E todos sabemos que hoje em dia são os jogadores e não os clubes quem manda.
subscrevo a 100%
Luís, post muito bom e pertinente. Nem com os últimos exemplos aprenderam.
Talvez fale nisso também um dia destes.
Abraço.
Blog do Manuel
Se a questão dos X+y de opção for possível implementar, defende o clube.
Não se compreende como é que o 1º contrato com o clube tem de ser desta longevidade...
Os atletas e os empresarios têm de perder algum do poder que têm.
Pois! Esta situação nunca acabará enquanto as comissões chorudas destes negócios continuarem a engordar as contas bancárias dos seus protagonistas!
Convençamo-nos que hoje ninguém está no Clube por amor ao mesmo - veja-se o caso de LFV que continua, teimosamente, a ser sócio do clube corrupto do norte - mas sim para se encher e promover o mais que puder!
Lfv já não é sócio do fcp
Ao contrário de outros q lá passaram, mantenho a percepção q esta direcção está lá para servir o clube e não para servir-se dele.
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