quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Uma amostra do plantel da Gestifute.
Representa actualmente 4 jogadores do Sportem, 4 do Braga, 2 do foculporto (tinha ainda adicionalmente Nuno e tem Bruno Alves) e 7 do Benfica.
Representa actualmente 14 dos 23 jogadores convocados por Queirósz para o Mundial.
Influencia os negócios de 3 dos maiores do Mundo (RM, Barcelona e ManUtd)
Coloca Manuchos e Bebés no Man Utd, Alipios no Real Madrid e Benfica, Paulo Ferreira no Chelsea.
Aproveitar e lidar com o poder e influência dos empresários em prol dos resultados desportivos e financeiros do clube é poventura o maior dos desafios futuros que temos para enfrentar.
Quanto maior o clube, mais exposto está à tentativa de obtenção de melhores condições e acordos dos jogadores e dos empresários que os representam (Como Benfica, se estivessemos interessados em Lima, do Belenenses, não pagariamos certamente apenas o que o Braga pagou - 200 mil euros).
Como somos dos maiores do mundo, e demonstramos capacidade financeira, estamos mais susceptíveis a que nos peçam mais valor pelos activos - pedem os clubes, os empresarios e os jogadores - donde se afigura fundamental estarmos preparados para lidar com os interlocutores de mercado da melhor forma possível.
Á luz do que se vê, o modelo do Benfica é híbrido. Tem alguns negócios feitos com a Gestifute, Kia e outros, tem algumas iniciativas de contratação directa do clube fruto do trabalho de olheiros (Halliche, David Luiz, etc), tem alguns negócios feitos entre presidentes que envolvem cedências, empréstimos e contrapartidas futuras de cada uma das partes.
Qual será o modelo mais adequado? Deve o clube suportar a sua actividade num modelo único de abordagem ao mercado?
Encontrarmos um/dois empresários de referência e delegar neles a responsabilidade das contratações definidas pela estrutura, remunerando-os pela performance desportiva e financeira futura?
Negociar apenas jogadores cujo passe esteja na totalidade na posse de clubes?
Encontrar 2/3 clubes com que se faça uma parceria / estabeleça uma relação privilegiada de contacto e negociação (como vemos actualmente com o Real e o Atlético de Madrid)?
Na minha pespectiva não se justifica a lógica de parceria em que o Benfica é subserviente aos interesses de outros (Madrid), pelo que não defendo esta opção. Na minha perspectiva precisamos de um modelo combinado entre a aquisição directa e a ligação com empresários como Jorge Mendes para termos sucesso.
Tivemos inequivocamente problemas na preparação desta época sobretudo porque a peça fundamental falta do nosso lado. O elemento, profissional, 100% dedicado a esta questão, que conheça o mercado dos 2 lados (oferta e procura de jogadores) e que garanta que os interesses do Benfica serão assegurados atempadamente, sendo remunerado em função do desempenho financeiro e desportivo do clube.
Garantindo um elemento que não corre o risco de ter eventuais incompatibilidades pessoais com agentes desportivos, interesses profissionais extra-futebol, outras temáticas de preocupação que não a pasta do mercado, teremos um Benfica mais forte, capaz de lidar com as Gestifute e com os Kia do universo futebolístico de igual para igual, capaz de preparar uma época desportiva de forma adequada e atempada, o que não aconteceu em 2010/2011.
4 comentários:
foi um bom tema que trouxeste a debate, embora os empresarios realmente sejam uma praga, fazem aprte do sistema, como as baratas k temos em casa, e embora keiramos elimina-las, nao conseguimos e temos de conviver com elas.
kuando as possibilidades k o benfica tem de poder negociar jogadores seja com a gestifute, outro empresario, ou fundos de investimento, pede-se mt inteligencia e oportunidade de negocio.
vou por aki um comment k fiz a um post do blog do manuel sobre os empresarios e k axo k é pertinente aki:
"como ja disse ha uns tempos atras num dos blogs k sigo, empresarios de futebol são os especuladores da economia passados para o mundo da bola.
ja k o mundo da bola de hoje, moderno como é, segue as regras de mercado globalizado, entao tem de ter os seus especuladores como na economia real, e estes kuais piratas das caraibas, estao sempre a espreita das oportunidades e de cria-las.
depois do aprovamento da lei bosman, verificou-se um alastramento tao geral destes especuladores pelo mercado da bola, para ocuparem um nicho k fora criado, o mercado livre futebolistico. ora como mercado livre k é, os jogadores sao meras mercadorias, k o k importa é tentar inflacionar o seu preço o maximo k se puder, com uma comissao para o proprio empresario indexada.
ora os jogadores, como gente tao letrada k mts vezes sao, viram com bons olhos estes "mediadores" para lhes tirarem de cima dos ombros tao grandes responsabilidades e dores de cabeça, e se for para ainda ganharem mais? kem os pode culpar? nesta situação da generalização dos empresarios como representantes de futebolistas, tal e kual a obrigação de se ter um seguro automovel a pagar pelo automovel em si, os clubes se viram sem opçoes senao negociarem com os empresarios, e tal como os seguros, kem é k hoje seker pensam em nao falar com um empresario antes de contratar um futebolista?
o problema é k no meio disto tudo kem sao os k sao sempre prejudicados? sim, sao os condutores, ou os clubes de futebol, k desde k este sistema foi instituido têm vindo a ficar cada vez mais endividados, afogados em passivos criados pelo grande aumento de preços no mercado, onde comprar qualidade é tds os anos cada vez mais uma obscenidade.
basta ver os gastos deste ano do benfica, e k em principio ainda vao subir, ate agr foram gastos 37M de euros, ora estes numeros, se fossem seker falados ha uns 5 ou 10 anos atras, tds diriam k a direcção esta louca, mas nao, os tempos sao outros, comprar um jogador por 5M hoje em dia, sao peanuts.
eu nao vejo grande futuro para o futebol, se isto continuar ao mm ritmo, os principais responsaveis por haver o futebol como o conhecemos, os clubes, falirao, como ja vemos falir por ai os pekeninos, salgueiros, e.amadora entre outros, é um destino tao certo como inevitavel se as regras de mercado continuarem como estao hoje instituidas.
urge k se criem regras para poder mediar e controlar todos os negocios, meter estes "especuladores" na linha, para que se salvaguarde o k de mais importante o futebol tem, e o k da tanta importancia aos jogadores, os clubes.
e ja agr, a senhora fifa, k nos ultimos anos tem sido um verdadeiro espectador (com proveitos) destas tristes cenas, k pense tambem na limitação de estrangeiros por plantel, e na protecção dos jovens k crescem nas camadas de formação dos clubes, pk cada vez mais assistimos a perda de personalidade dos clubes, nao so por terem cada vez menos atletas da mm nacionalidade, mas tb por o estilo de jogo, seja mediterranico, nordico, sul-americano africano etc, se estar a diluir neste mercado global.
pk ja nao vemos diferenças de estilo de jogo num jogo de mundial, entre um gana e uma alemanha...
para que o futebol volte a viver, volte a fazer vibrar, tem de se saber regular, ou senao nao precisamos de fifa's para nada, a nao ser encherem os seus bolsos, dos empresarios, e de meia duzia de clubes k se tornaram perpetuos nas grandes competiçoes, ja se tornando kuase infalivel, em kem apostar para vencer a liga dos campeoes..."
DV, obrigado pelo comentário. A questão é obviamente muito mais larga como tu a colocas, mas o cerne do post é, se o mercado é controlado actualmente por estes intermediarios profissionais, precisamos do nosso lado de uma fiura profissional para lidar com eles.
Como não temos, sofremos durante a janela de transferências e falhamos mais do que deviamos, pelo que é necessário melhorar nesta questão rapidamente.
Apesar de serem umas verdadeiras sanguessugas dentro do mundo do futebol, qualquer clube que lhes vire as costas terá poucas hipóteses de sucesso.
exacto luis rosario, era algo em k os dirigentes do benfica deviam pensar a serio, aí um "jose veiga" encaixava k nem uma luva....
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