Naval 2-4 Benfica

terça-feira, 6 de abril de 2010

A defesa do Benfica entrou um pouco embriagada, quiçá devido a demasiadas amêndoas com licor durante o fim-de-semana, e permitiu que os anti-Benfica deste país tivessem alguns orgasmos durante uns minutinhos. Depois... depois só deu Benfica!!!


Quim: no primeiro golo fechou bem o ângulo mas o jogador da Naval meteu-lhe a bola entre as pernas. Pouco depois nega o 2-0 com uma bela defesa. No segundo golo não teve hipótese. Ainda apanhou mais alguns sustos e impediu o 3-2 oferecendo o corpo à bola. Na segunda parte entreteu-se a ouvir as músicas ridículas da claque da Naval.

Maxi: primeiros minutos de desastre total, com inúmeros passes falhados, mau posicionamento e ainda deu para ser comido em velocidade por Fábio Júnior, que centrou à vontade para o segundo golo da Naval. Passado pouco tempo aparece na área numa recarga a um remate de Di María, que depois permite a Weldon marcar. A acabar a primeira parte, o senhor Elmano, com um amarelo ridículo, impede-o escandalosamente de defrontar o zbordin. Na segunda parte subiu de produção.

Luisão: sem hipóteses no primeiro golo, no segundo pura e simplesmente nem estava na área. Foi o mais esclarecido do quarteto defensivo durante todo o encontro e puxou muitas vezes as orelhas aos seus companheiros de sector. Criou perigo nos lances de bola parada.

David Luiz: facilitou desnecessariamente e o Benfica sofreu o primeiro da noite. No segundo golo, á semelhança de Luisão, não estava na área. Redimiu-se depois com um passe genial que rasgou toda a equipa adversária e praticamente colocou Di María na cara de Peiser. Acabou a defesa esquerdo e a fazer o que mais gosta, subir no terreno.

Fábio Coentrão: o seu lado foi o mais massacrado pela Naval, provavelmente devido ao fraco desempenho defensivo de Di María, e demorou um pouco a atinar com as marcações. Aos poucos foi subindo de produção. Desenhou boas combinações com Di María. Jesus deu-lhe descanso a dez minutos do fim.

Javi García: entrou algo desconcentrado e apático e no lance do primeiro golo deveria ter atacado mais rapidamente o jogador que tinha acabado de passar por David Luiz. Curiosamente, foi só quando o resultado estava em 2-0 que se viu o Javi do costume, imperial no centro do terreno e a cortar inúmeras jogadas ao adversário. Contudo, pareceu algo cansado...

Ruben Amorim: desta vez não conseguiu fazer esquecer o "vai e vem" do futebol de Ramires e a ala direita ressentiu-se disso. No lance do quarto golo, rematou para a recarga vitoriosa de Cardozo.

Di María: foi com um remate seu que surgiu a jogada do primeiro golo do Benfica e marcou ele próprio o terceiro, cara a cara com Peiser. Foi sempre dos mais inconformados e procurou levar a equipa para a frente. Muito mal nos apoios defensivos a Coentrão.

Aimar: com a equipa a perder muito cedo, assumiu o comando da recuperação do Benfica e dos seus pés saiu jogo e mais jogo, inclusivamente o canto que deu o golo do empate. Saiu aos 71', com Jesus a pensar já em Liverpool.

Weldon: com El Conejo lesionado, coube a Weldon a tarefa de entregar duas belas amêndoas da Páscoa na baliza da Naval. E ainda esteve na jogada do quarto golo, ao não desistir de uma bola que todos julgavam perdida. É reconfortante saber que quem vem do banco está preparado para corresponder desta forma. Saiu muito cedo, talvez por não ter o ritmo de jogo ideal.

Cardozo: demasiado trapalhão quando procura fintar os adversários, Cardozo tem que perceber que a essência do seu futebol não é isso. Muito melhor todas as vezes em que recebeu a bola de costas e esperou pelas subidas dos companheiros. O golo que marcou nasce de uma grande abertura sua (com uma ajudinha do vento) para Weldon.

Carlos Martins: entrou bem cedo na segunda parte, com o resultado já feito. Emprestou a sua garra ao meio-campo, ia marcando mais um golaço de livre directo e ainda foi presenteado com um amarelo, mais uma imbecilidade de Elmano.

Ramires: como diz um amigo meu, o Ramires se não jogar cansa-se. Portanto, lá entrou para somar mais uns minutinhos. E que bem que entrou!

Sidnei: quando o vi preparado para entrar, temi que Luisão tivesse tido uma recaída. Felizmente não foi nada disso, e Sidnei entrou precisamente para jogar os minutos finais ao lado do capitão.

2 comentários:

Jotas disse...

Concordo contigo na análise dos jogadores, naquele mau início de jogo, David Luiz, Fábio E Javi, estiveram algo apáticos, mas essencialmente os 2 primeiros, acabarm depois por se erguer e acabar em bom plano, embora nota-se que quer Javi, quer o Fábio, mostraram sinais evidentes de cansaço, o que não deixa de ser normal.

MAGALHÃES-SAD-SLB disse...

Éter, brilhante análise. Ontem de facto entramos adormecidos, sofremos 2 golos como que para testar a nossa (adeptos e equipa) capacidade de sofrimento.. Na união, querer e ambição da equipa encetámos uma super-reviravolta e vencemos e bem o jogo.

Venha o Liverpoll e Sporting!!

Saudações Gloriosas.
RF
http://magalhaes-sad-slb.blogs.sapo.pt/

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