Pré-época feita, campeonato iniciado, qualificação para a Champions garantida, plantel fechado até Janeiro, o que poderá, neste momento, inibir uma época de sonho ao nosso clube?
São 11 os elementos que na minha perspectiva poderão condicionar a nossa época:
Luis Filipe Vieira, Domingos Oliveira, Miguel Bento, Rui Costa, António Carraça, Jorge Jesus, Atletas, Sócios e Simpatizantes, Adversários, Árbitros, Media/CSocial.
Durante as próximas semanas espero ter algum tempo para escrever algumas linhas sobre cada um destes elementos. Vou tentar evitar banalidades e ser focalizado no que penso realmente relevante para o sucesso nesta época. Espero conseguir isto.
Avanço agora para um dos mais relevantes – Jorge Jesus.
Um dos problemas sérios que teremos esta época que conseguir minimizar é o impacto negativo de Jorge Jesus na equipa, maximizando o que de bom o nosso treinador tem e traz à mesma.
Jorge Jesus é igual a Deus. Tanto demonstra capacidade para criar o “belo” como consegue destruir num ápice o que de bom existe. Egocêntrico, fanfarrão e mau comunicador (para fora e para dentro do plantel), é um dos alicerces que não pode cair este ano – e nós sabemos que ele abana. Adicionalmente sabemos que existem áreas crónicas que mais uma vez constituirão vulnerabilidades porque Jesus não muda a sua percepção das mesmas nem evolui – exemplo: marcação à zona nas bolas paradas defensivas – assim como a dificuldade em trabalhar em equipa e tirar partido de elementos que não escolheu para a equipa.
Palavra de honra que nunca vi um treinador que fosse tão bom numas coisas e tão mau noutras, mas reconheço como óbvia a clara preferência do nosso presidente por este homem. Neste aspecto específico, são iguais. Tal como JJ, também LFV consegue oscilar entre o óptimo e o muito mau. Aliás, o Benfica é actualmente um antro de bipolaridade, visível desde o Presidente até ao ponta de lança estrangeiro que mais golos fez na história do clube (de quem sou acérrimo defensor). Adiante.
Todas estas questões passarão imediatamente para 2º plano se Jesus voltar a colocar o SLB na rota do título este ano. Futebol ofensivo e atractivo é uma garantia que temos, sucesso nem por isso, mas Jesus tem em 2011/2012 condições como nunca para ganhar. Para tal será necessário:
Chave para o sucesso:
1: Limitação ao máximo da comunicação do treinador – Jesus a comunicar é mesmo “muita fraquinho”. Quando for para falar, é dar o lugar a outro (sem ser o presidente, claro), sem vergonha – se não quiser, que se imponha isto – está lá para treinar e não para comunicar.
2: Sensibilização dos Jogadores para necessidade de “capacidade de encaixe” da soberba e exageros verbais do treinador – características da personalidade de JJ que surgem porque estão inatas no nosso treinador – ele é assim, para o bem e para o mal (Carlos Martins, por exemplo, não aguentou);
3: Sensibilização do treinador para a necessidade de rotação dos jogadores e boa gestão do ciclo de forma (Gaitan não está a dar – sai e descansa; Javi e Maxi não podem jogar todos os jogos; etc). Jesus joga com 14/15 jogadores e este ano tem plantel para mais;
4: Focalização no objectivo mais relevante traçado – Campeonato – e planeamento em função disso;
5: Compreender e corrigir os motivos que geraram uma Liga dos Campeões trágica no ano passado;
6: Cláusula no contrato que impeça utilização de centrais a defesa esquerdo;
7: Limitar a visualização do PFC a 1 hora por dia;
8: Curso intensivo de relações inter-pessoais (de cujo aproveitamento dependeria parte da sua remuneração);
9: Obrigação de ver um episódio do Vitórias & Património por dia;
10: Aulas de Espanhol;
Se estes aspectos forem tidos em conta e forem melhorias nesta época, renove-se o contrato com o homem, dado que vamos ser campeões!