sexta-feira, 23 de outubro de 2009
O Benfica entrou em campo à procura de um golo madrugador e conseguiu-o. Depois, houve um nítido afrouxar, o que permitiu ao Everton ensaiar duas ou três jogadas e equilibrar as operações. A dez minutos do fim da primeira parte o Benfica resolveu acelerar novamente e deixou no ar o prenúncio do que iria ser o segundo tempo.
Os jogadores vieram do balneário com claras instruções para acabar com o jogo e foi o que fizeram. Sem piedade. Ao fim de alguns minutos o jogo estava decidido e alguns adeptos ingleses, conhecidos pelo apoio incondicional aos seus clubes, começaram a abandonar o Estádio da Luz, vergados pelo Benfica mais demolidor que eu já vi.
Júlio César: Três boas saídas a punhos na primeira parte. De resto, foi um espectador privilegiado dos acontecimentos.
Ruben Amorim: defensivamente fez o que tinha a fazer e na segunda parte ajudou a desequilibrar o lado esquerdo da defesa dos ingleses. De mera alternativa para o lugar, assume-se cada vez mais como um sério candidato. Maxi que se cuide.
César Peixoto: algo trapalhão na defesa, procurou ajudar Di Maria no ataque. Iam-lhe partindo uma perna.
Luisão: meteu o possante Yakubu no bolso e julgo que não erro se disser que não perdeu um único lance para ninguém. Esteve muito perto do golo nos primeiros minutos, mas fez mesmo o gosto à cabeça no segundo tempo. Imperial, mais uma vez.
David Luiz: a exuberância de sempre, mas com algumas faltas parvas na primeira parte. Na segunda parte teve muito menos trabalho e no final do jogo fez um passe fabuloso para Di Maria, que deu origem ao quinto golo.
Javi García: Rodwell, Fellaini, Bilyaletdinov, Cahill e até Jô caíram no seu espaço. Todos perceberam que se calhar não era por ali...
Ramires: depois da bordoada que levou, actuou em claro controlo de esforço, mas mesmo assim não sabe jogar mal. Irrepreensível em termos tácticos. Devia ter sido um dos substituídos.
Di Maria: sem sombra de dúvida a melhor exibição desde que veste de encarnado. Três assistências para golo, uma bola no ferro (e como merecia que ela tivesse entrado), muita correria e uma vontade de fazer sempre mais e melhor do tamanho do Mundo. O pobre Gosling deve ter tomado uns antidepressivos antes de ir dormir.
Aimar: a sua contribuição para o futebol da equipa pode não ter sido tão visível como em jogos anteriores, mas foi a obsessão do treinador do Everton em não o deixar jogar (a maior parte das vezes tinha dois adversários em cima) que permitiu mais espaços para os restantes jogadores. Recuperou a bola que deu origem ao segundo golo e marcou o canto para a cabeçada certeira de Luisão. Vi-o por duas vezes a fazer de defesa esquerdo e outras tantas de médio direito. Impressionante a sua disponibilidade para ajudar a equipa em qualquer parte do campo.
Saviola: apesar do excelente jogo de Di Maria, foi este o homem do jogo. É incrível como alguém tão pequenino consegue estraçalhar por completo uma defesa. Dois golos, uma assistência, inúmeras desmarcações, tabelinhas deliciosas com Aimar, recuperações de bola. Mas, acima de tudo, uma inteligência muito, muito acima da média. E tudo isto por uns ridículos 5 milhões de euros. É para rir...
Cardozo: primeira parte algo discreta, muito por culpa de um certo adormecimento da equipa. Na segunda parte acabou com o jogo com dois golos em dois minutos e podia ter marcado mais um ou dois. À matador.
Carlos Martins: entrou para Aimar descansar e trouxe mais frescura física ao meio-campo.
Fábio Coentrão: jogo ideal para entrar em campo. Resultado feito e o adversário de rastos.
Weldon: possibilitou uma tremenda ovação a El Conejo. Dentro do campo, não havia tempo para mais.
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