Prémio Pessoa 2011 já tem dono

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Desempenho com critério oscilante, tanto técnica como disciplinarmente, feito ao bom estilo português, mata-libelinhas, para não criar erisipela. Sem lances complicados, safou-se.

É verdadeiramente espantoso como, numa aparentemente simples análise a uma arbitragem, Jorge Coroado consegue misturar conhecimentos médicos ("erisipela") com linguagem de tasca ("safou-se"), e ainda ter engenho para, do nada, criar uma palavra nova ("mata-libelinhas") e deste modo enriquecer a já vasta e luxuriante Língua Portuguesa.

Ao pé desta verve, a prosa do José Régio é coisa de meninos. Não admito menos do que o Prémio Pessoa 2011 para o Coroado e, quiçá, até mesmo um Pulitzer.


P.S. Sendo a erisipela uma infecção da pele bastante aguda e relativamente rara, não posso deixar de me questionar como é que o Coroado, que não é médico, se foi lembrar de tal coisa. Se calhar já teve no escroto.