Intemporal

quarta-feira, 10 de março de 2010

A invencibilidade está na defesa; a possibilidade de vitória, no ataque. Quem se defende mostra que sua força é inadequada; quem ataca, mostra que ela é abundante.

Os hábeis na defesa escondem-se nas profundezas da terra; os hábeis no ataque manobram no mais alto dos céus. Por isso, podem proteger-se e alcançar a vitória total.


Na minha opinião, estas afirmações aplicam-se na perfeição ao actual futebol praticado pelo Benfica. Um futebol bonito, empolgante, sem medo, de ataque, sem contudo deixar de ser eficaz na defesa. Um futebol que dá vitórias atrás de vitórias. Mas quem será que proferiu tais palavras?

Mourinho? Não. O futebol de Mourinho é horrível de mais para palavras tão belas. Nos Domingos à tarde, não consigo ver um jogo do Inter sem adormecer após alguns minutos.

Jesus? Também não. Está preocupado em pôr o Benfica a jogar à bola e não tem tempo para filosofias.

Jesualdo? Calma, estava a brincar...

Bem, vou acabar com o suspense... Aquelas afirmações não foram proferidas por ninguém ligado ao futebol e nem sequer são dos nossos tempos. Provêm do século IV a.c., são de um general chinês chamado Sun Tzu e podem ser encontradas no livro da sua autoria, "A Arte da Guerra". Livro esse que deveria ser de leitura obrigatória para toda a gente. Muito mais do que um simples tratado sobre a guerra, é um livro de uma sabedoria incomum, que contém muitos ensinamentos valiosos para a vida pessoal e profissional e que ainda hoje se mantém actual. Aliás, não é em vão que os grandes gestores afirmam todos que é um livro essencial para melhorar o desempenho no mundo dos negócios.