sexta-feira, 21 de agosto de 2009
O Benfica não entrou nada bem no jogo e até deu ideia que os ucranianos estavam a conseguir adormecer a equipa quando Di Maria inaugura o marcador. A partir daí só deu mesmo Benfica e no final dos 45' o resultado só não estava 3 ou 4-0 graças a algumas belas defesas do guarda-redes adversário. A segunda parte foi igual aos últimos 15' da primeira: um massacre completo. Cheguei a ter pena dos jogadores do Poltava, tal a avalanche que constantemente desabava sobre eles. A eliminatória está arrumada, venha a fase de grupos.
Quim - mero espectador e com a vantagem de não ter pago bilhete.
Ruben Amorim - esforçou-se, como sempre, mas nunca conseguirá dar a profundidade à ala direita que esta táctica exige.
Shaffer - com um adversário macio e mais interessado em defender é mais fácil para o argentino mostrar a sua imagem de marca: arrancadas pela esquerda e cruzamentos venenosos para a área.
Luisão - noite de pouco trabalho.
David Luiz - quando joga a lateral esquerdo disfarça, quando joga a central não dá mesmo para disfarçar: é craque e vale muitos, muitos milhões! Não perdeu uma única disputa de bola e ainda subiu com ela algumas vezes para ajudar a desequilibrar o meio-campo adversário. Só é pena que por vezes se entusiasme e perca bolas ridículas, como aconteceu já nos últimos minutos da partida em que cedeu um canto estúpido porque teimou que conseguia sair em drible sobre dois ucranianos, perto da bandeirola de canto. Mais calma, David!
Javi García - cada vez gosto mais deste nuestro hermano. Graças a um posicionamento em campo irrepreensível, não precisa de correr muito para roubar bolas e mais bolas ao adversário para depois as entregar rapidamente a quem de direito. É uma verdadeira formiguinha no meio-campo do Benfica. Mas uma formiguinha com corpo de gorila...
Fábio Coentrão - a revelação da pré-época é já uma certeza. Quem diria que aquele miúdo sem sentido táctico nenhum, que muitos julgavam já perdido, se iria tornar num jogador que pressiona bastante no meio-campo e ajuda os laterais, sem nunca perder o sentido da baliza? Obrigado, Jesus.
Di Maria - grande golo, remates, cruzamentos perigosos, desmarcações, passe de letra, recuperações de bola, resistência ao choque... Fez um jogão! Tenho a plena convicção de que vai ser a grande estrela deste campeonato.
Aimar - não fez nada de muito exuberante mas o jogo do Benfica passou quase sempre pelos seus pés, o que, numa equipa que produz tantos lances de ataque e marca quatro golos, quer dizer muito.
Saviola - depois de um péssimo jogo contra o Marítimo apareceu melhor, mais solto. Um penálti ganho, um golo marcado e uma assistência para Weldon. Não se pode pedir mais.
Cardozo - primeira parte verdadeiramente horrível. Notava-se que precisava de marcar, mas a jogar daquela maneira não ia ser fácil. Felizmente apareceu um penálti, Tacuara não inventou e chutou como já nos habituou: um estoiro indefensável para a esquerda do guarda-redes. Depois disso apareceu o verdadeiro Cardozo e brindou-nos com uma jogada soberba dentro da área do Poltava que culminou com uma assistência para o golo de Saviola.
Ramires - apesar de se notar mais entrosamento com os colegas ainda parece um corpo estranho neste Benfica. Mas a inteligência e a técnica estão lá, é uma questão de termos paciência.
Weldon - simpatizo com este brasileiro. Chegou ao Benfica como o patinho feio do ataque, sob um manto de desconfiança e até algum gozo. Mas Weldon, demonstrando grande humildade e vontade de trabalhar, não se mostrou nada incomodado com isso e o resultado está à vista: é uma opção válida para o ataque e marca golos. Estará a nascer um descendente de Mantorras na Luz?
César Peixoto - só deu para se estrear de águia ao peito e para ver alguém com um cartaz que dizia "César, dá-me a tua Diana".
1 comentários:
Excelente análise. Concordo com o que disseste sobre o David Luís. É sem sombra de dúvida um craque. Quanto ao Di Maria tenho de me redimir... Sempre o critiquei mas o JJ conseguiu mostrar-nos o verdadeiro Di Maria. Teve muito bem ontem.
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