quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Na época passada, a qualidade das exibições de Yebda teve uma curva descendente bastante acentuada. Nunca percebi muito bem como é que um jogador que teve um início de campeonato tão prometedor conseguiu decair tanto de produção ao longo do ano.
Durante esta pré-temporada o filme de terror teve continuação, com exibições a roçarem o horrível. Lento, apático, sem força e com uma qualidade de passe ao nível do Binya.
Apercebendo-se de que a titularidade lhe estava barrada, Yebda pediu para sair, pois queria jogar com regularidade. Apesar disso, Jesus afirmou várias vezes que contava com ele. A época é longa, há quatro competições e todos vão ter oportunidades.
Numa altura em que o Benfica vai estar privado de Javi (esperemos que seja só por um jogo), foi impossível não me lembrar de Yebda. Se tivesse permanecido no Benfica, o francês já teria dois meses de trabalho com Jorge Jesus e com toda a certeza teria evoluído em vários aspectos do seu jogo. Seria a opção natural para substituir Javi. Tal como o espanhol, Yebda tem pulmão, força, altura e físico.
Infelizmente, Yebda manteve a sua vontade e o Benfica cedeu. O francês foi para o Portsmouth, onde ainda só jogou 20 minutos.
Mas, pior do que esse escasso tempo de utilização, o grande problema é que Yebda foi para uma equipa que actualmente luta para não descer em Inglaterra. Acontece que este tipo de equipas jogam todas no célebre 4-4-2 clássico à inglesa, em que um dos médios-centro tem um pouco mais de liberdade e o outro, onde jogará Yebda, tem como única missão destruir jogo.
Julgo que, com esta (má) escolha, Yebda fechou as portas a um possível regresso ao Benfica. Ao contrário do que o próprio podia pensar, ele não precisava de jogar com regularidade. Precisava, isso sim, de aprender muita coisa. E não será certamente no Portsmouth que isso vai acontecer. Ali, Yebda não vai aprender nada e as lacunas que o seu futebol apresentava vão agudizar-se ainda mais.
Para evoluir, Yebda teria que ter ficado às ordens de Jesus. Aliás, o próprio Jesus já disse por mais do que uma vez que os treinadores ingleses são, regra geral, muito limitados tacticamente. Quem, como eu, vê com regularidade muitos jogos do campeonato inglês, não pode concordar mais.
Pode ser que Yebda dê nas vistas em Inglaterra e ainda renda algum dinheiro. Se por ventura regressar ao Benfica, foi um ano perdido e vai ter que recomeçar do zero.
1 comentários:
concordo plenamente, o yebda não tinha nada que ter ido para inglaterra
pedro
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