segunda-feira, 14 de setembro de 2009
O Benfica marcou muito cedo mas, estranhamente, durante o resto da primeira parte pareceu acomodar-se àquela escassa vantagem, permitindo que o Belém acalentasse esperanças de chegar ao empate.
O intervalo fez bem à equipa, que entrou claramente à procura do segundo golo, o qual apareceu novamente muito cedo. A partir daí o Belém percebeu que já não havia nada a fazer, Jesus fez descansar alguns jogadores e só deu mesmo Benfica.
Quim: impediu que o Belém se colocasse em vantagem muito cedo e, mais tarde, o golo do empate. Exibição segura.
Ruben Amorim: cedo percebeu que José Pedro não estava muito disponível para ajudar a defender e aproveitou esse facto para subir pelo seu flanco, causando muitos desequilíbrios na defesa do Belém. É pena que agora que começa a ganhar algumas rotinas de lateral direito tenha que ceder o seu lugar a Maxi.
César Peixoto: confesso que fiquei surpreendido quando vi o seu nome no onze inicial. Julgo que teve uma exibição bastante apagada; mal a defender e péssimo no apoio ao ataque. Apesar de por vezes cometer alguns erros defensivos, Shaffer faz esta posição incomparavelmente melhor.
Luisão: mais uma exibição autoritária e sem mácula.
David Luiz: não teve as suas habituais desconcentrações e fechou muito bem os buracos que César Peixoto ia abrindo na esquerda. Aquelas faltas na linha lateral "à Ricardo Rocha" é que são incompreensíveis...
Javi García: deu muita luta no meio-campo e foi lá à frente marcar o seu golinho de cabeça.
Ramires: continua a ser positivamente cansativo vê-lo jogar. Parece que está em todo o lado ao mesmo tempo e tudo o que faz sai quase sempre bem. Sem se dar por ele, já tem três golos no campeonato. É claramente um fora de série.
Aimar: entrou em campo um pouco apático, mas a partir dos trinta minutos decidiu abrir o livro. Tem realmente pormenores individuais que só por si já justificam o preço do bilhete, mas é nas jogadas mais simples que se vê a sua enorme importância na equipa. Houve um momento especialmente delicioso na segunda parte: a bola vem pelo ar e Aimar está ladeado por dois adversários mais altos e mais fortes; depois, de uma forma quase impossível ele consegue parar a bola no peito e sair a jogar entre os dois.
Di Maria: as duas entradas assassinas que sofreu nos primeiros minutos e que passaram sem acção disciplinar condicionaram e muito o jogo do argentino. É perfeitamente natural que um jogador fique receoso de levar ainda mais porrada e de não saírem cartões do bolso do árbitro. Jesus percebeu isso e mandou-o várias vezes para o lado direito do ataque.
Saviola: a jogada do golo é magistral mas não é nada habitual em Saviola. Ele é fundamentalmente um jogador de equipa e provou-o no resto do jogo com inúmeras desmarcações, tabelas e passes. Serviu Cardozo para o segundo golo.
Cardozo: este é o tipo de avançado que as grandes equipas gostam de ter. Quando joga bem marca dois ou três golos; quando joga horrivelmente mal, como ontem, mesmo assim marca um.
Keirrison: tem melhorado de jogo para jogo. Não foi um corpo estranho na equipa e entendeu-se razoavelmente bem com os seus companheiros da frente. Teve um lance em que poderia ter rematado mas preferiu passar para o lado, o que demonstra que ainda não está 100% confiante. Esteve na jogada do quarto golo.
Fábio Coentrão: mais um jogo em que salta do banco, dá um abanão no jogo e ainda acaba com uma assistência. Por tudo o que tem feito, julgo que já merecia um golo no campeonato. A jogar assim, é natural que os principais clubes europeus o comecem a ter debaixo de olho.
Maxi: o regresso do guerreiro. Bem-vindo ao campeonato, Maxi!
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