O fora-de-jogo que decidiu a eliminatória

quarta-feira, 10 de março de 2010

Estava muito bem à conversa com um amigo no Messenger, quando ele me diz para ir ver a análise ao jogo que estava no site do foculporto. Respondi-lhe que me recusava terminantemente a entrar nesse antro e que se ele quisesse copiar o texto e mandar-mo por mail lhe agradecia. Ele perguntou se eu estava a gozar. Respondi que não. Lá me enviou aquilo por mail...

E assim vos deixo a soberba análise ao jogo entre Arsenal e foculporto, vista com uns óculos azuis tão afiados que até devem ter perfurado a retina do infeliz escriba. Os comentários entre parênteses e a itálico são meus.


O FC Porto (mau! Começamos mal! Neste blog diz-se foculporto. Repete lá: fo-cul-por-to. Isso, podes continuar) saiu de cena da UEFA Champions League 2009/10 entre as 16 melhores equipas do continente (errado, não são as 16 melhores porque o Benfica não está presente. São simplesmente as que estão lá) e num jogo em que não foi propriamente bafejado pela sorte (claro que não foi bafejado, a sorte vomitou autenticamente em cima da equipa do foculporto, se não tinham levado sete ou oito no bucho). Na noite gelada de Londres, a chama do Dragão ainda foi capaz de reforçar os arrepios dos adeptos da casa (que pensavam que tinham uma defesa fraquinha, até que viram a do foculporto em acção) , mas não resistiu ao cinismo de um marcador que abriu com um erro clamoroso de arbitragem (não é delicioso sempre que o foculporto se queixa da arbitragem?). Um fora-de-jogo do tamanho do Big Ben (mentira, o fora-de-jogo é do tamanho do cérebro do Ugh!) deixou o Arsenal na posição mais confortável. E assim é mais fácil (por falar em facilidades, e aquele golo do Falcao na primeira mão?).

O Arsenal, como se esperava, entrou forte. Estava a perder a eliminatória (por causa da tal facilidade concedida pelo árbitro no jogo da primeira mão) e era puxado pelo braço pelo fervor dos seus apoiantes (e toda a gente sabe que quando alguém é puxado pelo braço é falta, mais uma vez o árbitro a prejudicar o foculporto). O quadro mais vantajoso, todavia, chegaria numa jogada ilegal (por falar em jogada ilegal, já referi aqui o segundo golo do jogo no dragay, não já?) principiada por um pontapé longo de Almunia, disputado por Arshavin depois de vários segundos (tipo aquele comentário do Sousa Tavares naquele golo do Braga em que diz que “entre a saída da bola e o golo decorreram uns trinta ou quarenta segundos segundos” mas depois o Ricardo Araújo Pereira mostra que afinal não foi bem assim? É deste tipo de segundos que estamos a falar?) «acampado» nas proximidades de Helton (e este desgraçado desconcentra-se sempre que acampam ao pé dele, basta lembrar o Maxi no golo do Saviola na Luz). Evidente para todos (errado, evidente para o indivíduo que escreve isto. Nenhum jogador do foculporto pediu fora-de-jogo nem tão pouco se falou nisso na televisão, o que é evidente é que nesse lance um anão chamado Arshavin ganha uma bola de cabeça ao titular da selecção do Queiro(ó)z(s), Rolando), estranhamente invisível para quem vestia de negro (não sejam racistas… mas agora também queriam que o Varela tivesse visto?).

Na frente, com o apuramento na mão (errado, nos pés, eles não têm os hábitos do Falcao), o Arsenal pôde esperar a remontada do Dragão (não percebi… estava a acontecer alguma coisa ao mesmo tempo no estádio do dragay? Alguma vigília, não?) e apostar ainda mais na velocidade, chegando ao segundo golo numa dessas acelerações e ainda antes da resposta azul e branca (vou discordar novamente, o foculporto já tinha respondido, “nós não jogamos a ponta de corno, o nosso treinador não percebe nada disto e sem árbitros amigos não dá para fazer nada”. Eu ouvi isso alto e bom som). Especialmente depois do descanso, o FC Porto (outra vez? fo-cul-por-to, fo-cul-por-to. Apre! Que o homem é burro!) logrou assentar o seu futebol (exacto, sentaram-se e ficaram a ver jogar), empurrar o adversário para zonas recuadas (mas o árbitro esteve bem e marcou sempre falta, não vale empurrar) e criar lances de perigo (principalmente pelo fuzil, o homem foi um perigo à solta no relvado! Só foi pena ter criado esse perigo para a baliza errada…). O melhor surgiria num pontapé de canto cobrado por Rúben Micael (este é o novo Zidane, não é?) e que Rodríguez, que entrara ao intervalo, cabeceou para golo. Salvou Nasri, de forma atabalhoada (espera… vá, digam lá que foi penálti clamoroso para eu me rir).

E como a noite gelada de Londres não estava de feição (mas por que raio não foi nomeado o árbitro da primeira mão, que tão bom trabalho fez? Ou o Jorge Sousa?), os ingleses engordaram a diferença pouco depois, afastando as dúvidas e definindo a eliminatória (não, não, os gajos da Rtp ainda acreditavam!). O FC Porto (fo-cul... pronto, não vale a pena, desisto) conservou-se firme (e hirto como uma barra de ferro, de tal forma os adversários passavam por eles) até ao final, sempre apoiado pelos três mil seguidores (então mas gajos com termo de identidade e residência podem sair do país?) que vieram ao Emirates (que é uma réplica bem bonita do Estádio da Luz. Nem quero saber o que aconteceu no túnel, se não ainda sobra para o Benfica...), e insistiu em discutir, sem baixar os braços, quando o resultado já deixara de entrar nas contas (nada disso, eu bem os ia contando! Um, dois, três, quatro, cinco… pena ter ficado por aí).

5 comentários:

Adamastásio disse...

Muito bom, Éter.

O comentário, que não o resultado de ontem, pois esse peca por escasso.

Anónimo disse...

Grande Post amigo, grande post.

João Gomes

Anónimo disse...

Depois de ler, fiquei com a sensação que o texto original, após esta "correcção", ganhou algum sentido! Sim, porque as "palas" de quem o escreveu originariamente castraram completamente qualquer intenção para escrever o que realmente aconteceu... Tenho pena do Sr. Gases da Bosta não poder concretizar o seu sonho...bem, se era penta, sempre podemos considerar como tal! Ah, e já agora também eu faço um desejo...que todos os golos que ficaram por marcar pela equipa equipada de vermelho, se concretizem na tarde do dia 21 do corrente mês, tendo por alvo a mesma baliza que ontem "retratou" os 5 dedos de uma mão...eu estarei lá, ao vivo e a cores! Saudações Benfiquistas, porque o resto é tudo grunhidos!!!

Anónimo disse...

Fora-de-jogo?! Qual fora de jogo? Nos pontapé de baliza não há fora-de-jogo.

Excelente poste btw

Henrique disse...

BRILHANTE. Parabéns !

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