Táctica B

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Julgo que todos sabemos qual é a táctica A do foculporto em relação aos jogadores emprestados: ou se lesionam misteriosamente nas vésperas do jogo contra eles ou jogam mas facilitam.

Este Domingo, contudo, o foculporto decidiu que não valia a pena recorrer a esses expedientes para assegurar a vitória. Inebriado pelos constantes louvores orgásmicos que são ciclicamente produzidos pela comunicação social, o foculporto convenceu-se que é realmente imparável, que é uma máquina a jogar futebol e que devia inclusive ter goleado o Manster em Old Trafford e no dragay, algo que só não aconteceu devido a um enormíssimo azar (e a um árbitro honesto, acrescento eu).
Ironicamente, em delírio com tudo isto, o foculporto nem sequer se lembra que tem que pagar a essa imparcial comunicação social para debitar tais aleivosias.

E assim chegamos ao desafio contra a filial de Setúbal do foculporto, com os corruptos plenamente convencidos que vão espancar facilmente o adversário. Nem sequer é preciso recorrer à táctica A. Os três pontos não irão escapar.
Porém, com o desenrolar do jogo, é facilmente visível que afinal o foculporto não é aquela máquina que nos querem vender e que o Manster se calhar até merecia ter perdido os dois jogos mas sem goleada. A filial está bem organizada e, pasme-se!, o Bruno Gama e o Leandro Lima até estão a causar algum perigo. Que audácia! Como se atrevem?

A situação é rapidamente corrigida e os dois desgraçados são impiedosamente substituídos nos primeiros minutos da segunda parte. O foculporto faz de imediato dois golos, garante a vitória e volta a ser aquela equipa maravilha que teria inclusive goleado o Brasil de Pelé e o Benfica de Eusébio.

Como conclusão desta triste historieta, ficamos a saber qual é a táctica B do foculporto em relação a jogadores emprestados: se esses jogadores não estiverem a facilitar, durante o intervalo alguém vai ao balneário da equipa adversária relembrar quem manda. Simples.

Isto é por demais evidente que até o Bruno Gama percebeu: "Não gostei porque não gosto de ser substituído. Depois disso até sofremos dois golos, mas pode ser coincidência. O treinador é que tem de explicar as opções que faz. De certa forma até compreendo o que ele fez."