domingo, 1 de abril de 2012
Depois de um jogo desgastante do ponto de vista emocional, nada melhor do que uma tarde passada à beira-mar. É uma terapia revitalizante e um pequeno prazer que procuro oferecer a mim próprio sempre que há day after de Benfica na Luz. Gosto de olhar para o mar e questionar as opções do treinador, de procurar compreender por que motivo ele faz uma coisa e não outra. E com Jesus no Benfica isto ganhou um sentido especial, já que a espuma das ondas, particularmente aquelas que acabam despedaçadas junto às rochas numa explosão caótica de branco, faz-me lembrar o cabelo do mister.
Por que é que Capdevila não é o titular desta equipa? E a onda rebenta, sem resposta. Por que é que Gaitán não é mais vezes utilizado nas costas do ponta-de-lança? Nova onda muda. Por que é que não se tenta um 4-3-3 contra equipas mais perigosas? Não adianta. O mar não tem respostas para mim. Jesus também não. E a verdade é que não têm que as ter, como é evidente. O mar, porque não fala (e mesmo que falasse teria mais com que se preocupar do que com futebol); Jesus, porque não tem que dar satisfações a um simples adepto. No entanto, e apesar da falta de respostas, este ritual acalma-me. Liberto a tensão acumulada do jogo que passou e recarrego baterias para o próximo.
Estou assim pronto para o regresso de Emerson ao onze inicial e para mais corridas desenfreadas de adversários a rasgar um meio-campo despovoado.
Experimentem falar com o mar. É tão bom.
2 comentários:
As ideias do Jesus só devem aparecer no próximo tsunami...
Tens bom gosto. Revejo-me na terapia revitalizante do passeio à beira-mar tal como me revejo nas tuas dúvidas sobre as opções de Jesus.
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