Cenários de guerra

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Da declaração que Manuel Vilarinho vai fazer logo às 19h podemos esperar os seguintes cenários:

1.º cenário: Vilarinho agarra-se aos artigos do Código Civil e sustenta que a decisão de provimento da providência cautelar não produz efeitos úteis sobre as eleições porque assenta num pressuposto errado (a decisão ser da Assembleia Geral, quando na realidade foi dos Órgãos Sociais). Vieira e Carvalho vão a eleições. Este último é esmagado na votação e, invocando a anterior decisão do Tribunal, propõe nova providência cautelar para que a decisão de homologação dos resultados não produza efeito.

2.º cenário: Vilarinho decide cancelar as eleições por considerar não existirem condições para que as mesmas se realizem.

3.º cenário: Vilarinho adia as eleições porque entende que a providência cautelar não decide sobre o fundo da questão, visa somente que não se produzam os efeitos que o requerente (Carvalho) da mesma não pretende ver produzidos. Deste modo, como a decisão da acção principal pode vir a concluir que Vieira se pode candidatar, o mais lógico seria que Vilarinho esperasse por essa mesma decisão.

4.º cenário: Vilarinho exclui Vieira. Carvalho é candidato único, vence as eleições e no dia seguinte eu, o leitor, ou mesmo todos os sócios do clube propomos uma providência cautelar de modo a não permitir a homologação dos resultados, alegando que Bruno Carvalho é inelegível de acordo com os estatutos do Benfica (tem menos de cinco anos na categoria de sócio efectivo).


Mas tenham o seguinte em mente: qualquer que seja a decisão de Vilarinho, está prestes a ser iniciada nos tribunais uma guerra sem quartel pela presidência do Benfica.